Na região de Ribeirão Preto, mulher morta em sítio por se negar a fazer almoço para o marido vivia rotina de humilhação, dizem familiares.
Por: Rodolfo Tiengo
Três a cada dez mulheres no Brasil já sofreram algum tipo de violência doméstica, segundo informações do DataSenado, em uma pesquisa divulgada no fim de 2023 em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV). Entre as vítimas consultadas, as agressões de caráter psicológico predominam e foram mencionadas por 89% delas, superando modalidades como a física, a moral e a patrimonial (veja mais em gráfico abaixo).
Controlar roupas e amizades, humilhar a pessoa na frente dos outros e chantagear são algumas das situações mais comuns que, segundo especialistas, caracterizam esse tipo de conduta, que têm previsão legal para proteção das vítimas e que, se não combatida a tempo, pode evoluir para outras formas de agressão.
Familiares de uma mulher recentemente assassinada na zona rural de Santo Antônio da Alegria, no interior de São Paulo, por não fazer o almoço para o marido, segundo alegações do próprio acusado, relatam que a vítima já pensava em se separar porque vivia uma rotina de humilhações constantes, mas nunca teve coragem de procurar as autoridades.
“O crime de violência psicológica é um crime que é uma extensão da ameaça. No caso, se lê como uma ameaça qualificada, justamente porque uma das condutas pode ser a ameaça”, afirma Gabriela Rodrigues, advogada criminalista e diretora adjunta da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados (OAB) de Ribeirão Preto (SP).
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Fonte: G1