Segundo estudo, quando sofrem agressão, os homens, geralmente, são vítimas de desconhecidos, enquanto as mulheres são reprimidas e atacadas dentro de casa Além dos danos físicos evidentes, a violência doméstica causa marcas mais profundas na vida das mulheres, afetando sua saúde reprodutiva, a vida profissional e atingindo a saúde e o bem-estar de seus filhos. Estas foram algumas das conclusões do estudo Estimativas causais dos custos intangíveis da violência contra as mulheres na América Latina e Caribe publicado pelo Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), que utilizou uma amostra com cerca de 83 mil mulheres, com idade entre 15 e 49 anos, de sete países da América Latina e do Caribe. A violência contra as mulheres também afeta, especialmente, as crianças menores de seis anos, idade mais delicada da vida dos pequenos. Segundo o estudo, quando suas mães sofrem violência dentro de casa, as crianças apresentam problemas de saúde em curto e longo prazo. Os impactos da violência acontecem, inclusive, antes do nascimento do bebê, já que as mães ficam impedidas de seguirem um cronograma normal de visitas ao médico. Já as próprias vítimas da violência apresentam níveis mais baixos de hemoglobina e uma maior incidência de anemia. O relatório chama a atenção ainda para a marcante presença do gênero feminino nas situações de violência doméstica. Segundo o estudo, quando sofrem agressão, os homens, geralmente, são vítimas de desconhecidos, enquanto as mulheres são reprimidas e atacadas dentro de casa. Os resultados também revelam que a violência física está fortemente associada ao estado civil das mulheres, já que aumenta a taxa de divórcio ou separação em até 132% em casos de violência extrema. O estudo que analisa a violência contra as mulheres na América Latina e Caribe pode ser acessado na íntegra, em inglês: Causal Estimates of te Intangible Costs of violence against women in latin America and the caribbean |
Fonte: Adital
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