A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse, nesta sexta-feira (1), que “não será possível fazer vacinação em massa” contra a dengue ainda neste ano.
O que aconteceu
- Nísia voltou a dizer que a Qdenga, que está sendo aplicada no momento, é uma “esperança”, mas precisa ser reaplicada em 3 meses. “Para esse momento, independentemente do número de doses, as pessoas não estarão protegidas, porque ela é adotada em 2 doses e com intervalo de 3 meses”, afirmou, em entrevista à GloboNews.
- A ministra disse que a governo discute alternativas para ampliar a oferta da vacina. “Há a possibilidade de transferência de tecnologia, e, para isso, o Ministério da Saúde […] determinou a prioridade para que tenhamos autonomia, não fiquemos dependentes de importação numa área tão essencial. Neste momento, estamos em discussão com o laboratório Takeda e avaliando toda a possibilidade de aumento dessa produção em nosso país”.
- Nísia também citou a vacina contra a dengue produzida no Instituto Butantan. “Um outro caminho, que não será imediato, é a vacina do Instituto Butantan, que apresentou bons resultados de pesquisa, mas ainda não teve seu processo submetido à Anvisa”.
- Nesta quinta-feira (29), o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue, segundo dados do Ministério da Saúde. O número, referente às oito primeiras semanas de 2024, representa quase cinco vezes o registrado no mesmo período de 2023, quando 207.475 infecções foram notificadas.
Prevenção
- Uma das principais formas de se proteger da dengue é impedir o acúmulo de água parada dentro de casa. Segundo o Ministério da Saúde, são nesses locais onde estão localizados 75% dos focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
- Outra orientação é usar repelentes. O produto pode ser aplicado especialmente de manhã e no final da tarde – horários de maior circulação do Aedes aegypti.
- Usar roupas de manga longa para evitar contato direto com o vetor, e em tons mais claros, que têm propriedades repelentes.
Fonte: UOL