A força e a unidade do Partido Socialista Brasileiro são um cunho, que estampados nos rostos de militantes, parlamentares, convidados nacionais e internacionais e aliados políticos, deram o tom ao Congresso Nacional e dos Segmentos do PSB. Os eventos, que reuniram mais de mil pessoas, foram realizados nos dias 02 e 03 de dezembro de 2010, no Senado Federal e Câmara dos Deputados, em Brasília/DF. Na abertura dos congressos dos segmentos (02/12), o entusiasmo e a garra das centenas de vozes entoadas pelos companheiros partidários em resposta as palavras nobres e de estímulo do Presidente Nacional do Partido, o Governador Eduardo Campos, foram determinantes. “O Partido tem que elaborar políticas públicas com foco em uma nação livre e mais justa. Também tem que promover debates qualificados, profundos e verdadeiros na diversidade dos pensamentos de cada um”, ressaltou. Como o grande inspirador de momentos veementes dos Congressos, Campos falou sobre o significativo crescimento do PSB em 2010, as experiências bem sucedidas nos estados em que atua e o objetivo de participar das eleições de 2012 com candidatos em 1500 municípios. Alertou sobre a crise econômica mundial que assola o velho mundo e os EUA, e disse que, ninguém está livre do gosto Amargo da recessão e a superação de obstáculos está em compreender o momento em que passa o Brasil. A Questão Urbana no Brasil é um tema abrangente e foi o texto base do XII Congresso Nacional. Partindo do princípio que 85% da população vive nas cidades e que o sistema vigente avilta a injustiça social, viola direitos e segrega o conjunto de seres humanos, o PSB acredita e dissemina a idéia de que a saúde de excelência, a educação em todos os níveis, o transporte público de qualidade e a qualificação para o trabalho, dentre outros, fazem parte de um repertório aspirado pela maioria dos brasileiros. Nos dois dias de discussões dos Congressos Nacional e dos Segmentos, o PSB mostrou que o papel do Partido é contribuir com a transformação do país em benefício daqueles historicamente injustiçados. Durante o sábado, 03/12, houve momentos de importantes reflexões nas palavras dos bem sucedidos discursos. O segundo dia de atividades traduziu a firmeza do PSB e a capacidade do Partido de compreender o Brasil. Um Congresso que deixou uma vontade clara de se lutar por uma democracia real e de se combater os danos dos serviços públicos deteriorados. E o caminho é por meio da construção de um Estado forte, que supere a sujeição de um sistema financeiro fraturado, que potencializa as desigualdades sociais no país. “Compreendemos o jogo político pesado em que passa o país. Acertamos em manter a coerência na construção de frentes de princípios, propósitos e valores”, ressaltou Eduardo Campos. Homenagens “Um traçou para a África nova meta outro deu mais respeito pro Brasil ambos vivos na terra da história dois vetores do bem contra o hostil Um pra o negro foi um libertador Outro foi um político espalhador De decência e de mais seriedade Em Mandela eu enxergo convivência em Jamil pulsa a voz da coerência e a nossa homenagem é de verdade” O respeito pela diversidade cultural latente nesse país de dimensões continentais é outra característica enaltecida pelo PSB. Em verso e prosa, o convidado pernambucano, Antônio Marinho traduziu as homenagens do Partido ao ex presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e ao ex ministro da Saúde, Jamil Haddad. Grandes personalidades, com trajetórias de luta pela igualdade e bem estar social. Merecida homenagem como bem lembrou o primeiro secretário do PSB, Carlos Siqueira, “Nelson Mandela lutou pelo fim do apartheid racista na África do Sul e Jamil Haddad pelo fim do apartheid social no Brasil”. Discursos Na continuidade do evento, breves, mas efusivos discursos foram proferidos por companheiros do partido e convidados que expressaram palavras positivas e de apoio ao Partido que mais cresceu nas últimas eleições. O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, expressou a vontade unânime da Executiva Nacional de eleger um novo presidente de honra. “Agora é o momento de elegermos um novo nome. E a pessoa que reúne valores que identificam os quadros filosóficos e intelectuais brasileiros é Ariano Suassuna”, afirmou Amaral. Ariano, enobrecido, fez uma declaração emocionada ao assumir a responsabilidade, “sou um contador de história e esse é um cargo político de muita honra. Nessa oportunidade, encerro minha vida política nesse cargo”, disse. Com a palavra os companheiros socialistas representantes da Argentina, Chile, Equador, Uruguai e Colômbia, discursaram sobre os movimentos socialistas nos países de origem e salientaram a importância da união da esquerda socialista na América Latina, com uma visão de futuro e de fortalecimento no enfrentamento da crise de estrutura capitalista que assola o mundo. Para Roberto Amaral, vice-presidente do partido e secretário-geral da Coordenação Socialista Latino Americana, esse é um encontro inédito, pois é a primeira vez que estamos dando importância à participação de delegações estrangeiras em um congresso Nacional do PSB. “A idéia é nos fortalecermos na América Latina, e depois, partirmos para as relações com outros continentes”, ressaltou. Na ocasião também foi lida uma mensagem enviada pelo Partido Comunista da China em que ressalta o valor das relações amistosas e cooperativas com base em princípios de igualdade e respeito mútuo e a importância de se levar adiante relações estratégicas. O texto também salientava o desejo de que os dois povos vivam em sociedades consolidadas e em permanente desenvolvimento. O Prefeito do estado de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), parabenizou a seriedade do PSB na conduta de políticas públicas e enfatizou que, “o PSB é um Partido que traduz renovação. Reafirmo com convicção que queremos ser liderados por Eduardo Campos nos quatro cantos do Brasil. Apesar de jovem representa uma nova geração preparada para assumir o país”, afirmou. Kassab finalizou o discurso desejando que a sigla obtenha o desempenho esperado nas eleições municipais de 2012. O senador Rodrigo Rollemberg expressou muita emoção ao recordar que ele e o deputado Beto Albuquerque coordenaram a primeira juventude socialista há 25 anos. Também falou sobre Jamil Haddad e Miguel Arraes, personalidades que se dedicaram à construção do PSB. “Jamil foi um parlamentar orgânico a disposição da construção partidária e Arraes contribui para que PSB fosse inserido no seio do povo brasileiro”, disse. Sobre Mandela, lembrou o grande líder humanista socialista, que lutou contra a injustiça social e discriminação racial. E por fim, salientou a satisfação de ver o PSB crescendo, o aumento da bancada e o fortalecimento da militância. “É com orgulho que vejo o desafio dos movimentos de mulheres, sindical, juventude, popular, negritude e LGBT inseridos no PSB com ânimo e estímulo para juntos fazermos parte da luta do povo”, concluiu. A deputada Sandra Rosado falou que homens e mulheres que constituem o PSB aprenderam a caminhar e estão no caminho certo da democracia, da liberdade e da paz. Deu as boas vindas a Eduardo Campos o enaltecendo como grande condutor da luta de um partido que abraça causas populares. “Eduardo está como o grande Arraes que inspira nossa luta. Com Eduardo e nossa militância faremos com que o Brasil cresça. Vamos à luta e vamos à vitória”. O deputado Rui Falcão, presidente do Partido dos trabalhadores, começou o discurso lembrando do “herói da luta brasileira, o saudoso governador Miguel Arraes”. Demonstrou satisfação quando abordado por jornalistas curiosos e ávidos por notícias, ressaltando que isso representa a democracia e saudou o símbolo da pomba da paz do PSB dizendo que a paz é a busca do mundo, e que se não alcançada, pode colocar a democracia em risco. Falcão também falou do grande bloco de alianças que vem mudando o Brasil e que tem se avançado muito ao se afirmar a soberania do país. Sobre o governador Eduardo Campos, ele foi enfático ao dizer, “Eduardo é uma liderança de expressão nacional e do resultado desse Congresso sairão soluções que farão o Brasil mais coeso e mais fortalecido”. |
Virgínia Ciarlini – Assessoria de comunicação da SNM
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