Segundo Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander, PIB do Brasil deve fechar este ano com um crescimento de 3%, mas fiscal preocupa
O desempenho da economia brasileira em 2023 superou as expectativas do mercado, admitiu a economista-chefe do Santander, Ana Paula Vescovi.
Em um evento promovido pelo banco nesta terça-feira (31/10), em Madri, Vescovi reconheceu que, no início deste ano, não se esperava um resultado tão robusto do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
“Temos uma recuperação importante desde a pandemia e, em 2023, um crescimento surpreendente. Todos nós, o mercado e o banco, fomos surpreendidos”, afirmou a economista.
A nova estimativa do Santander para o crescimento do PIB brasileiro neste ano é de 3% – ante 2,5% da projeção anterior.
“Tivemos uma supersafra de soja, 25% maior que no ano passado, com avanços tecnológicos e clima favorável na última colheita. Já o milho cresceu 10%. O PIB agrícola deve ser de 13,5% neste ano”, diz a economista.
“O superávit comercial vai superar US$ 85 bilhões e o déficit de transações correntes deve ser de 2% do PIB, um número muito baixo historicamente”, projeta Vescovi.
Ainda de acordo com a economista-chefe do Santander, a resiliência do mercado de trabalho é outro fator que contribui para a melhoria da atividade, não só no Brasil, mas em todo o mundo. “A reforma trabalhista também é importante. Tivemos queda de 50% do litígio associado a questões trabalhistas”, afirmou.