Na chegada ao Palácio do Planalto para participar do relançamento do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, comentou sobre as movimentações planejadas para a Esplanada dos Ministérios.
A titular da pasta econômica foi questionada sobre as iminentes trocas que podem ser feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente, em pastas comandadas por mulheres. Desde maio, foram ventiladas trocas nos ministérios do Meio Ambiente (Marina Silva), dos Esportes (Ana Moser) e do Turismo (Daniela Carneiro). Além do comando da Caixa Econômica Federal, na pessoa de Rita Serrano.
“Não falo sobre o núcleo político, mas se, por ventura, isso tiver acontecendo e tiver uma mudança ministerial, vamos torcer para que sejam colocadas mulheres. Que outras possam assumir novos cargos. A gente não precisa cravar o nome de uma mulher para determinado cargo. O importante é que a proporcionalidade nunca caia, a representatividade não só de gênero, mas de raça e etnia”, disse a ministra.
Tebet reforçou que Lula se importa com a proporcionalidade e que, se eventualmente ocorrerem mudanças nos ministérios, a questão de gênero será compensada.
“Lula e equipe estão antenados nisso também. Se não for especificamente nesses ministérios, ou sendo outros, ou compensando com secretarias-executivas. Através do diálogo e da democracia, nós precisamos ouvir. Isso é importante para que as mulheres também sejam beneficiadas com políticas públicas para que nós possamos avançar com programas e projetos”, completou.
Reforma tributária
Durante a conversa com a imprensa, Tebet também comentou sobre a reforma tributária, aprovada pela Câmara dos Deputados, na semana passada. Com votação histórica e placar folgado, a Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada de sexta-feira (7/7), o texto da PEC nº 45/2019, da reforma tributária, em dois turnos.
A matéria relatada pelo deputado Aguinaldo recebeu 382 votos favoráveis e 118 votos contrários, no primeiro turno; e 375 a favor e 113 contra, no segundo. O texto necessita de apreciação do Senado Federal.
“Eu estive com os senadores. É convicção [de que a reforma será aprovada no segundo semestre], porque eu fiquei oito anos na CCJ e, durante oito anos, nós tratamos da (reforma) tributária. Eu participei da comissão especial da reforma no Senado. Sei os pontos confliutosos, e muitos deles já foram resolvidos pela Câmara”, explicou a ministra.
Tebet declarou ainda que o texto da reforma tributária enfrenta dois problemas: “Estados que produzem versus estados que consomem” e “setores de serviços”.
“É diálogo, debate, verificar o que pode ser melhorado e aperfeiçoado na reforma”, esclareceu.