A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável debateu, nesta terça-feira (5), a importância do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e as pesquisas em desenvolvimento. O debate, solicitado pelo deputado federal Rodrigo Martins (PSB-PI), foi presidido pela deputada Maria Helena (PSB-RR), forte defensora da causa e vice-presidente da Frente Parlamentar Mista em Apoio ao Proantar.
Em meio à crise atual, o Programa Antártico corre risco de ser prejudicado com a falta de aporte financeiro, o que atrasa o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas científicas. Nesse sentido, o deputado Rodrigo Martins solicitou a audiência para que os técnicos da área pudessem falar sobre a importância da manutenção do Programa. “Nós sabemos da sua importância, na área científica, de pesquisa, de desenvolvimento do Brasil e por entender que é uma área prioritária também para o meio ambiente”, disse. O socialista também destacou que o continente Antártico não foi tão modificado pelo ser humano, mas é uma área de observação fundamental, principalmente se observardas as mudanças climáticas sentidas nos seus extremos. “Lá nós temos esse aporte financeiro por parte do Governo Federal e precisamos garantir, quem sabe até aumentar esse nível de pesquisa no nosso laboratório.” Para a deputada Maria Helena, a pesquisa científica brasileira no continente Antártico já está desprestigiada e carente de recursos. “Nós entendemos que nosso papel, enquanto parlamentares, é apoiar essa pesquisa para que o Brasil continue como membro do Tratado Antártico”, disse. O Tratado da Antártica, que comemora 57 anos, foi assinado para apoiar a execução de pesquisas que tenham por objetivo ampliar os conhecimentos dos fenômenos antárticos e suas influências sobre questões de relevância global e regional. A socialista critica a possibilidade de o Brasil deixar esse grupo, que hoje conta com 50 países. “Além disso, o Brasil é um dos 29 países que podem se manifestar, votar e opinar no Tratado Antártico. Mas perderia essa condição se as pesquisas científicas lá desenvolvidas não apresentarem a qualidade que hoje apresenta”, destacou. Participaram do debate o secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, Contra-Almirante Marcos Sertã; o diretor científico do Instituto de Geociência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jefferson Simões; a professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Cristina Alvarez; e o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luiz Henrique Rosa. Moreno Nobre |
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Fonte: Liderança do PSB na Câmara dos Deputados
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