“Os Avanços e Conquistas das Mulheres no Parlamento Federal Brasileiro” foi o tema do segundo painel, proferido nesta quarta-feira, 13 de novembro, durante o Seminário Nacional de Mulheres, realizado no Hotel Nacional, em Brasília/DF. Promovido pela Secretaria Nacional de Mulheres do PSB e a Fundação João mangabeira (FJM), o seminário reúne as pré-candidatas e candidatas à reeleição em 2014, para os cargos de prefeitas, deputadas Federal, Estadual e Distrital do PSB-Rede, além de representantes de outros partidos políticos. Participaram da Mesa, três expoentes na luta pela inserção das mulheres nos espaços de poder e decisão. As deputadas federais pelo PSB, Luiza Erundina (SP), como painelista, Keiko Ota (SP), como coordenadora e Janete Capiberibe, como debatedora. Erundina, com propriedade da fala abriu o painel ressaltando a realidade machista e excludente em que a sociedade brasileira está mergulhada. “Invisibilidade é um dos traços da condição da mulher, e ao entrar no mundo público, principalmente na política, temos que agir de forma diferente porque somos muito mais cobradas, exigidas e fiscalizadas”. A socialista ressaltou que a mulher já superou muito nessa luta. Mas, ao trabalhar fora, é penalizada a ter dupla e tripla jornada. Em sua explanação, Erundina fez um apanhado histórico das conquistas das mulheres. Começou em 1932, quando a mulher conquistou o direito do voto e em 1934 de ser votada. “Mas as conquistas são demoradas, foram precisos 45 anos para eleger a primeira senadora suplente, 60 anos para eleger a primeira senadora titular e 76 anos para eleger a primeira presidente da República”. Erundina aproveitou a oportunidade e apresentou proposta para que seja destinado um percentual dos recursos partidários às campanhas eleitorais das mulheres. ”Política não se faz individualmente.É o resultado de ações coletivas de sujeitos livres com projeto de futuro. É a força unida que muda a realidade”. A deputada Federal Janete Capiberibe (PSB-AP) endossou a palestra de Erundina e informou que com base em estudos sobre gênero, as mulheres só estarão em base de igualdade com os homens em 150 anos. “Isso nos dá a dimensão do desafio que temos pela frente que, é elevar a candidatura acima dos 30% estipulados pela Lei de Cotas. É necessário transformar essa realidade”, concluiu. |
Virgínia Rapôso Ciarlini e Vera Canfran – Imprensa PSB
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