A Secretaria Nacional de Mulheres do Partido Socialista Brasileiro (PSB) assume um papel de protagonismo na campanha dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, reafirmando o compromisso do partido na defesa dos direitos das mulheres. Iniciada no Brasil no Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, e estendendo-se até o Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro, a campanha traz um alerta importante: a violência contra a mulher não é um problema isolado, mas uma questão que demanda engajamento de toda a sociedade.
“Os 21 dias de ativismo reforçam o nosso compromisso com a proteção da mulher, principalmente das mais vulneráveis. Não podemos aceitar que o medo e a violência ainda façam parte da vida de tantas mulheres no Brasil. Nossa luta é por uma sociedade onde as mulheres vivam sem medo e sem violência,” afirma Dora Pires, Secretária Nacional de Mulheres do PSB.
A História e o Objetivo dos 21 Dias de Ativismo
A campanha dos 21 Dias de Ativismo, como conhecemos no Brasil, é parte de um movimento internacional iniciado em 1991 com 23 mulheres ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres. Originalmente concebida como uma mobilização de “16 Dias de Ativismo”, a campanha internacional se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, e termina em 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos. No Brasil, o movimento incorpora mais cinco dias, começando em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para evidenciar a dupla vulnerabilidade das mulheres negras, que enfrentam tanto o racismo quanto o sexismo.
Realizada em cerca de 150 países, a campanha visa conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra mulheres, propor medidas de prevenção e combate à violência e ampliar os espaços de debate com a sociedade. A mobilização no Brasil inclui a participação ativa de diversos atores da sociedade civil e do poder público, reforçando a importância da proteção e dos direitos das mulheres.
“Precisamos encarar de frente os números alarmantes da violência contra as mulheres no Brasil e reconhecer que, em muitas situações, essa violência é fruto de uma estrutura machista e racista. A luta pela equidade exige uma sociedade atenta e sensível a todas essas camadas,” reforça Dora Pires.
21 Dias de Mobilização e Ação
Os 21 dias da campanha são marcados por datas de alto simbolismo, cada uma dedicada a um aspecto específico da luta contra a violência de gênero. Entre essas datas estão:
- 20 de novembro – Dia da Consciência Negra: a abertura da campanha no Brasil destaca a violência enfrentada pelas mulheres negras.
- 25 de novembro – Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres: data central que reafirma o compromisso com a proteção dos direitos das mulheres.
- 29 de novembro – Dia Internacional dos Defensores dos Direitos da Mulher: homenagem àqueles que atuam na proteção e na defesa dos direitos humanos das mulheres.
- 1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à AIDS: aborda o estigma e a vulnerabilidade a que mulheres são submetidas na relação entre saúde e violência.
- 3 de dezembro – Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: um alerta para a inclusão e proteção das mulheres com deficiência, que enfrentam formas agravadas de violência.
- 6 de dezembro – Dia dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres: inspirada na Campanha do Laço Branco, a data envolve os homens na luta pela erradicação da violência contra a mulher.
- 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos: encerramento oficial da campanha, relembrando a importância da garantia de condições seguras e dignas para as mulheres.
“A violência contra a mulher é uma questão de direitos humanos e, como tal, é também uma questão de saúde pública, de justiça e de segurança. Precisamos fortalecer políticas que assegurem proteção, justiça e acolhimento para as mulheres que sofrem violência em nosso país,” destaca a Secretária.
A Realidade da Violência no Brasil
O Brasil está entre os países com os mais altos índices de violência contra a mulher. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma em cada quatro mulheres já foi vítima de algum tipo de violência. Esses números aumentam drasticamente para mulheres negras e indígenas, que enfrentam taxas de violência muito mais elevadas. Em um contexto onde o feminicídio persiste como um problema grave, a campanha visa trazer visibilidade e promover o engajamento social contra essa realidade.
Enfrentamento e Conscientização
A campanha dos 21 Dias de Ativismo não se limita à conscientização; ela também exige ações concretas. São promovidas rodas de conversa, seminários, workshops e campanhas de divulgação que buscam educar e sensibilizar a população sobre o tema. A articulação entre governo, sociedade civil, ONGs e movimentos sociais é fundamental para construir um ambiente seguro para as mulheres.
A educação e o debate público têm papel essencial no enfrentamento do problema, pois é no espaço social e cultural que se reproduzem muitas das ideologias que levam à violência. Além disso, iniciativas como a Campanha do Laço Branco, que promove a inclusão dos homens na luta pelo fim da violência contra a mulher, são essenciais para mostrar que o problema é uma responsabilidade de todos.
O Papel do PSB e o Convite à Ação
Para a Secretaria Nacional de Mulheres do PSB, esses 21 dias são um chamado à ação para toda a sociedade. A violência de gênero é um problema estrutural, e seu enfrentamento exige a participação ativa de todos – homens e mulheres, jovens e idosos, cada um desempenhando seu papel no combate a essa realidade. Seja por meio de denúncia, apoio a vítimas ou conscientização, todos podem contribuir para a construção de uma sociedade livre de violência.
“Convidamos todas as pessoas a se unirem à campanha. Que esses 21 dias nos inspirem a uma luta diária pela dignidade e pela segurança das mulheres. Juntos, podemos construir um Brasil onde cada mulher seja respeitada e valorizada,” finaliza Dora Pires.
Essa campanha, organizada anualmente, é mais do que uma ação pontual: é uma afirmação de que a luta pela equidade e contra a violência de gênero é contínua e essencial para a construção de um Brasil justo e seguro para todas as mulheres.