Os cerca de 200 militantes e líderes partidários que participaram do Seminário dos Segmentos Organizados do PSB, encerrado neste sábado (20) em Brasília, no Hotel Nacional, divulgaram um documento final em que tornam público que as bases do partido querem o presidente Nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, como candidato à Presidência da República.
“A voz das ruas aponta para o esgotamento de um projeto falido, em que as práticas políticas do Estado se encerram pela total falta de credibilidade de uma velha política, que precisa ser enterrada de vez”, diz a nota. “Nós temos uma alternativa a oferecer que é a candidatura à Presidência da República do nosso líder, o presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro, Eduardo Campos”.
Na nota, os segmentos também se comprometem com a unidade partidária em torno de um projeto nacional para o país que tenha como essência o povo brasileiro. E que, portanto, precisa nascer das verdadeiras necessidades do povo, em junho expostas nas grandes manifestações das ruas país afora.
“A unidade partidária é uma moeda que será muito importante para o PSB”, destacou o secretário Nacional Sindical do partido, Joilson Cardoso, da Sindical Socialista Brasileira (SSB), ao referendar e legitimar a nota no debate final do Seminário. “Como também é fundamental para nós, especialmente neste momento, mostrar que ouvimos as ruas e defender um projeto em que o povo está no centro, que supere as inaceitáveis desigualdades regionais, garanta os direitos humanos e justiça social”.
“Desde 2008 que viemos discutindo uma candidatura própria do PSB à Presidência da República e agora chegou a hora, pois temos um líder pronto e diferenciado que é Eduardo Campos”, reiterou Maria de Jesus Matos, secretária Nacional do Movimento Popular Socialista (MPS).
“Entendemos que a candidatura de Eduardo é legítima e tem o nosso apoio unânime, debatido em amplos diálogos com nossa militância em encontros por todo o país”, reforçou o secretário Nacional de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) do PSB, Luciano Freitas Filho. “Como pregava o poeta Chico Science: dando um passo à frente já não estamos mais no mesmo lugar, e este é o momento do nosso passo à frente”.
Representando o movimento das Mulheres Socialistas do PSB, a secretária de Mulheres do Mato Grosso, Francileide Passos, afirmou que a Nota dos Segmentos reflete e representa o amadurecimento do partido, que será primordial para sustentar a candidatura de Eduardo Campos em 2014. “Começamos aqui o nosso passo à frente”, apontou.
“É com essa mesma convicção que nós, negros socialistas, reafirmamos o objetivo maior deste documento, que é aproveitar a grande oportunidade que temos de lançar um candidato ímpar para governar o Brasil”, complementou a secretária geral da Negritude Socialista Brasileira (NSB), Valneide Nascimento dos Santos, que representou a secretária Nacional, Cristina Almeida, no Seminário.
O secretário Nacional de Juventude do PSB, Bruno da Mata, da Juventude Socialista Brasileira (JSB), testemunhou: “A nota final deste Seminário traduz com fidelidade o sentimento de respeito e confiança que todos nós temos em nosso líder maior, Eduardo Campos, e na sua condução à Presidência da República neste novo momento do partido e do país”.
Volta às ruas – O professor Paulo Bracarense Costa, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), um dos debatedores convidados do Seminário dos Segmentos, avaliou como bastante positivos e marcantes de uma nova fase os resultados do evento. “Daqui nós mudamos o PSB e começamos a mudar o país. Relembrando um dos cartazes que li nas manifestações de junho: ‘Se vocês não nos deixam sonhar, nós não vamos deixá-los dormir’. Essa é a missão dos movimentos sociais do PSB agora – voltar às ruas”.
Já a secretária Especial da Executiva Nacional do partido, Mari Trindade Machado, lembrou que foi um grande esforço do PSB e da Fundação João Mangabeira realizar esse encontro nacional dos segmentos. “Mas valeu toda a pena porque sairemos daqui renovados e certamente mais unidos e comprometidos com a ideologia que defendemos, o socialismo”, avaliou. “Manter e fortalecer essa marca do nosso PSB é responsabilidade cada vez mais nossa, da militância organizada”.
Encerrando o encontro de três dias, o primeiro Secretário Nacional do PSB e presidente da Fundação João Mangabeira, Carlos Siqueira, agradeceu a todos pela presença e desejou que as reflexões realizadas no Seminário alimentem a consciência dos militantes de que é preciso mudar também o partido. “Os partidos estão em cheque no Brasil e no mundo inteiro, todos aquém dos desafios que a sociedade atual exige”, afirmou. “A partir deste encontro, queremos contribuir para oxigenar o PSB e firmar a nossa responsabilidade em enfrentar à altura o grave momento histórico que vivemos. Não sejamos pessimistas, porque quem muda o mundo não são as maiorias, mas as minorias como nós”.
· CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DOS SEGMENTOS NO SEMINÁRIO:
Os segmentos organizados do Partido Socialista Brasileiro, reunidos em Brasília nos dias 18, 19 e 20 de julho de 2013, no seminário denominado Os Segmentos organizados do PSB, aprova a seguinte nota:
“O Partido Socialista Brasileiro, unido sob a liderança do presidente nacional, Eduardo Campos, reafirma a coesão na salvaguarda do socialismo e da democracia e defende um projeto nacional que tenha como essência o povo brasileiro.
A coesão e a essência são princípios que se relacionam de forma a não tolerar qualquer ação divisionista dentro do nosso Partido. Por essa razão, não admitimos qualquer iniciativa que vise desconstruir essa unidade que pode colocar em descrédito os objetivos do PSB de ampliar a base elegendo mais deputados e deputadas estaduais, deputados e deputadas federais, senadores e senadoras, governadores e governadoras e em especial o projeto nacional de eleger o próximo presidente da República.
A unidade em torno dos ideais é um valor maior que certamente nos coloca como protagonistas de um projeto nacional de esquerda que se diferencia e supera o que está aí. Temos o compromisso de pensar o Brasil com todas as garantias dos direitos trabalhistas, dos direitos das mulheres, dos jovens, dos idosos, dos negros, dos indígenas, das pessoas com deficiência e de todos que formam a diversidade cultural de uma nação como o Brasil.
É das verdadeiras necessidades do nosso povo que nasce o nosso projeto nacional. É tendo como base o desenvolvimento humano, é respeitando todas as vertentes sociais que propomos uma solução para as inaceitáveis desigualdades sociais respeitando e promovendo os direitos humanos e defendendo a democracia e soberania nacional.
Pensamos um projeto acreditando na interlocução do povo brasileiro com os segmentos sociais organizados. A voz das ruas aponta para um esgotamento de um projeto falido em que as práticas políticas no estado, no parlamento, no executivo e no judiciário se encerram por uma total falta de credibilidade de uma velha política que precisa ser enterrada de vez.
O nosso compromisso é consolidar uma habilidade de interagir com a nação de maneira a interpretar o que está acontecendo nas ruas e assim superar a estagnação da democracia brasileira. Devemos nos preparar para essa nova realidade. Temos que refletir e expor a nossa disposição em compreender o clamor social e as demandas latentes de um povo que foi às ruas expor sofrimento e frustração profundos. Temos que demonstrar objetivos claros de uma incessante busca pelo mais justo e mais igual. E finalmente temos uma alternativa a oferecer ao Brasil que é a candidatura a Presidente da República do nosso líder, o presidente nacional do Partido Socialista brasileiro, Eduardo Campos.”
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Márcia Quadros – Assessoria de Imprensa do PSB Nacional
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