Sob o símbolo da esperança, união e coragem, o evento “Mulheres com Lula para reconstruir o País” reuniu, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 10, mulheres líderes de centrais sindicais e movimentos sociais, parlamentares e lideranças de partidos políticos de esquerda para reafirmar o compromisso das brasileiras com o projeto defendido pelo ex-presidente da República e atual candidato à presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva.
Conduzida pela secretária nacional de mulheres do PT, Anne Moura, a atividade buscou aproximar o candidato das mulheres de todo o Brasil a fim de iniciar as conversas e os debates sobre os desafios e o papel das brasileiras nas eleições de outubro. As lideranças que fizeram falas, destacaram as principais demandas das brasileiras, em especial a urgência no enfrentamento do atual projeto de governo, que lima os sonhos, as oportunidades e a vida das mulheres. Os desmantelos das políticas públicas que promoveram a mobilidade social de milhões de brasileiros e brasileiras, segundo as lideranças, têm impactos profundos em diversas camadas da sociedade, comprometendo a qualidade de vida das brasileiras.
Representante do PSB, Dora Pires, secretária nacional de mulheres socialistas, afirmou às presentes que “este encontro é um momento de muita emoção para todas as mulheres, pois é o início da retomada de um novo tempo, o resgate da democracia, e da felicidade de um povo, sobretudo das mulheres. Quero apenas dizer que o Brasil inaugura e mergulha num momento de esperança”, explanou Dora sob forte emoção, reafirmando que, embora o PSB não esteja na Federação, “está pronto, unido e firme em torno desse projeto conduzido pelo senhor. Não estamos na Federação. Porém, o importante é estarmos nessa frente, nesse projeto de retomada contra a fome, pela inclusão, pela educação, pela soberania nacional e pelas mulheres”, defendeu a socialista.
Por fim, Dora disse: “o mais importante é estarmos unidas para enfrentar esse governo fascista e machista. Presidente, as mulheres socialistas estão prontas para marchar ao lado das mulheres de todo o Brasil, sob o comando e em harmonia com a companheira Anne. As mulheres precisam avançar e achar um caminho por mais espaços de poder, mais oportunidade e menos violência, inclusive a violência política de gênero, que nos afasta desse lugar. E o senhor é esse caminho, é esse o norte. Gente, a esperança está de volta. E a esperança é Lula. Boa sorte e vamos à luta. Conte conosco”, encerrou a líder das mulheres socialistas.
Reforma Política com foco na paridade
Durante sua fala, o ex-presidente Lula destacou a importância que o eleitorado feminino – o maior do Brasil, com 53% de votantes -, terá nas eleições de outubro. “Nunca um homem precisou tanto de vocês”, disse o presidente.
Após ouvir as reivindicações das lideranças dos movimentos sociais e sindicais, Lula trouxe para o debate a urgência de haver uma nova Reforma Política com foco no estímulo à paridade de gênero, a exemplo do México e do Chile. O presidente relatou que em viagem recente ao México foi surpreendido com a presença de 52% de mulheres no parlamento daquele país. “Eu fico pensando: por que o México pode e nós não podemos? O que aconteceu no México é simples: eles elegeram um presidente, construíram um movimento e juntaram todo mundo em volta de uma bandeira e conseguiram eleger uma maioria de gente que priorizou a paridade. E como vamos fazer essa paridade chegar ao Brasil? Por meio de uma proposta de reforma política que já garanta uma paridade, porque senão vamos passar o resto da vida nos queixando. E para a gente conseguir fazer a mudança na cabeça das pessoas é preciso saber que não dá pra votar apenas para presidente, mas votar em parlamentares para construir a maioria para fazer a mudança que queremos no Brasil”, conclamou Lula.
Por fim, o ex-presidente disse: “é imoral o modo como esse presidente trata a sua gente. O Brasil precisa de gente que goste do povo, de gente que faça o país crescer, que construa ao lado da sociedade. E não pensem que se eu voltar acabou a tarefa de vocês, porque vocês terão que trabalhar para construir a democracia”.
Participações diversas com um foco único: combater o fascismo e buscar a esperança
Estiveram presentes mulheres líderes das centrais sindicais CTB, CUT, UGT, FORÇA SINDICAL, de movimentos sociais como MST, MTST, ABGLT, da Fenatrad – Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, da Marcha das Margaridas, da Articulação de Mulheres Brasileiras, para citar algumas. Algumas lideranças apresentaram documentos com reivindicações e sugestões para a retomada de projetos e políticas públicas.
Deputadas federais de partidos de esquerda como Gleisi Hoffmann (PT-SP) – presidenta nacional do PT, Jandira Feghali (PCdoB), Talíria Perone (Psol), Nathalia Benevides (PT); e vereadoras como a carioca Mônica Benício (Psol-RJ), viúva de Marielle Franco, também participaram do ato.
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), também compareceu, e destacou em sua fala, “que essa não é uma eleição qualquer. Será uma das mais emblemáticas e decisivas da nossa geração. Será preciso haver muita união. E é isso que estamos vendo nessa plenária aqui. O atual projeto nos desumaniza, rouba nossos sonhos e direitos. Mas nós não vamos abdicar dos nossos sonhos. As mulheres merecem voltar a sonhar”.
Além de Dora Pires, secretária nacional de mulheres do PSB, estiveram presentes Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT; Shirley Torres, secretária nacional de mulheres do PV; Niege Pavani, representante da Secretaria de Mulheres do Psol, Cristiana Almeida, secretária nacional de mulheres da Rede Sustentabilidade; e Márcia Campos, secretária adjunta de mulheres do PCdoB.
Assessoria da Secretaria Nacional de Mulheres do PSB
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