O projeto já formou cerca de 400 mulheres no Piauí e tem o foco no empoderamento feminino através da educação em direitos, dentro das comunidades mais carentes.
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Foi apresentado na Câmara dos Deputados, em Brasília, o projeto Defensoras Populares do Piauí, que visa empoderar mulheres das comunidades carentes para educação em direito. O projeto é destaque nacional e foi discutido em audiência pública, nesta terça-feira (30).
O objetivo é a informação, instrução, conscientização e capacitação das mulheres no município de Teresina e de todo estado. O foco é no empoderamento feminino através da educação em direitos, dentro das comunidades mais carentes.
“Importante saber que o nosso projeto chamou atenção da Câmara Federal. Espero que essa seja uma experiência cada vez mais enriquecida e fortalecida”, afirmou a defensora pública geral do Piauí, Carla Yáscar.
Completando a quinta edição este ano, o projeto já formou cerca de 400 mulheres teresinenses e do interior do estado como defensoras populares. A capacitação tem duração de seis meses.
A subdefensora pública-geral do Piauí, Verônica Acioly, pontuou que os temas são definidos democraticamente pelas mulheres que participam dos módulos.
“Os temas são diversos e de interesse dos direitos humanos, como situação de pessoas privadas de liberdade, noções básicas de direitos de família, noção da Lei Maria da Penha e outros temas ligados a proteção da pessoa em situação vulnerável”, elencou.
“Mudou a minha vida”, diz participante
Projeto Mulheres Defensoras do Piauí atuando na comunidade, em Teresina. — Foto: Reprodução Pessoal
Uma das participantes do projeto, Cláudia Lira, de 40 anos, conta que se formou na turma de 2020. Na época desempregada, Cláudia afirma que o projeto a fez mudar de vida.
“Com 37 anos eu estava em casa, desempregada e sem visão de futuro. O projeto me fez entender que a coragem e o conhecimento têm a capacidade incrível de mudar a vida de alguém. Hoje coordeno e incentivo um grupo de mulheres feirantes a se tornarem empoderadas, assim como eu fui”, disse.
Cláudia destacou que o curso oferece o conhecimento dos direitos e deveres das mulheres, idosos, crianças e adolescentes e como as mulheres podem se proteger da violência, por exemplo.
“O conhecimento mudou a minha vida. Me sinto honrada por ter feito o curso. O projeto liberta mulheres oprimidas a terem coragem de lutar pelos direitos e deveres. Compartilhar isso com outras mulheres é realmente libertador”, ressaltou.