O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que antes não priorizava a escolha de uma mulher para a cadeira que Rosa Weber deixará vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) em outubro, tem considerado mudar de ideia. Segundo aliados, Lula teria sido convencido de que o custo político de substituir uma ministra por um ministro na Corte seria alto. Hoje, dos 11 integrantes, apenas duas são mulheres.
A pressão para substituir Rosa Weber por outra mulher veio de aliados próximos do presidente e de setores da militância que defendem a representatividade de minorias no STF.
Recentemente, Lula deixou claro que pretendia indicar para o STF alguém que pudesse ser alcançado por um telefonema. Hoje, ele não tem essa proximidade com nenhuma integrante do Judiciário, do Ministério Público ou da advocacia. A ideia dos aliados é criar esse vínculo nos próximos meses.
Na lista de cotadas para a vaga, estão a ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Katia Arruda, a ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Regina Helena Costa e as advogadas Carol Proner e Dora Cavalcanti.
Lula tinha a intenção de colocar no Supremo pessoas que já demonstraram ser de confiança — dentre os quais, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas; o advogado-geral da União, Jorge Messias; e o ministro da Justiça, Flavio Dino.