Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq e Fundação Roberto Marinho retomam premiação que incentiva desenvolvimento científico e tecnológico
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação lançou, nesta quarta-feira, a 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista, criado em 1981 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Fundação Roberto Marinho e empresas da iniciativa privada. O objetivo é revelar talentos, impulsionar a pesquisa científica no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que desenvolvem projetos inovadores para os desafios da sociedade.
Considerado um dos mais importantes reconhecimentos aos jovens cientistas brasileiros, a iniciativa apresenta, a cada edição, um tema relevante para o desenvolvimento científico e tecnológico. Neste ano, a temática foi “Conectividade e Inclusão Digital”, e o evento de abertura teve a presença da ministra da Ciência, Luciana Santos, do presidente do CNPq, Ricardo Galvão, e do secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria.
Segundo a pesquisa TIC Educação 2022, apenas 58% das escolas brasileiras de ensinos fundamental e médio possuem equipamentos conectados, como computadores e notebooks, para uso dos estudantes.
Em seu discurso, João Alegria reforçou a importância do tema no atual cenário. De acordo com os organizadores, as desigualdades e os desafios de inclusão digital nas escolas do país foram evidenciados durante a pandemia da Covid-19.
— É um tema extremamente relevante que emerge encaixado e contextualizado com o cenário, em um momento em que o MEC tenta reforçar a conectividade das escolas — disse ele. — É assim, pensando nossos desafios coletivamente e reconhecendo as diferentes contribuições, que podemos pensar num Brasil de todos para todos.
O panorama representa um desafio para os pesquisadores que irão concorrer à premiação. Cinco categorias são premiadas: mestre e doutor, estudante do ensino superior, estudante do ensino médio, mérito institucional e mérito científico.
— Existe um esforço grande de engajamento de estudantes e capacitação de professores, para que a gente reconheça diferentes trabalhos de produção científica e para inspirar pessoas a entenderem o valor da ciência e do conhecimento — declarou o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho.
A ministra Luciana Santos ressaltou a contribuição da ciência para a “superação dos mais diversos desafios do desenvolvimento econômico e social do Brasil”. Santos destacou que a ciência e a tecnologia são os pilares da construção de um país inclusivo e sustentável.
— Ao lançar a 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista, renovamos o reconhecimento do trabalho de excelência produzido pelos pesquisadores brasileiros na busca de soluções para os desafios nacionais e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Ao todo, 194 pesquisadores e estudantes, além de 21 instituições de ensino superior e médio foram premiados ao longo de 37 anos do Prêmio Jovem Cientista. A última edição foi realizada em 2018 — sendo assim, a 30ª premiação marca uma retomada após cinco anos. As inscrições serão abertas em 2024, e as linhas de pesquisa divulgadas em breve.
— As estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas são definidas com pesquisa, as estratégias para insegurança alimentar são definidas com pesquisa — disse Santos, reforçando a importância do evento. — Isso faz parte do nosso esforço para que o Brasil possa dar um salto no desenvolvimento científico e tecnológico.