Três vítimas foram resgatadas em outubro pela Scotland Yard; segundo os policiais, elas eram “escravas domésticas”
A polícia de Londres prendeu nesta quinta-feira (21/11) dois suspeitos de ter mantido três mulheres em cárcere privado durante 30 anos, segundo informou em comunicado. Um homem e uma mulher foram detidos no desdobramento de uma investigação sobre escravidão e trabalhos forçados. As mulheres foram resgatadas pela Scotland Yard em outubro. As vítimas são uma mulher malaia de 69 anos, uma irlandesa de 57 e uma britânica de 30. A última, segundo a polícia, passou a vida inteira na casa e nunca havia saído dela. O detetive Kevin Hyland, da unidade de tráfico humano da Scotland Yard, informou que as três estão “muito traumatizadas” e foram levadas juntas para um lugar seguro. Os policiais afirmaram que nunca haviam visto um caso de cárcere privado com esta “magnitude” antes. Reprodução Freedom Charity Apesar de as mulheres terem sido libertadas em outubro, a polícia só prendeu os suspeitos nesta manhã, depois de “estabelecer os fatos”. Segundo informações oficiais, eles não são britânicos e têm mais de 60 anos. O resgate das vítimas foi facilitado pela organização beneficente Freedom Charity, que ajuda pessoas em casos de casamentos forçados e violência, contatada pelas mulheres depois que uma delas viu sua porta-voz, Aneeta Prem, na televisão. Prem descreveu a mulher como sendo “enormemente corajosa” e chamou o caso de “história de grande esperança”. Ela afirmou ainda que as três eram “basicamente tratadas como escravas domésticas”. Prem disse à emissora de televisão Sky que o resgate foi feito uma semana depois de as mulheres terem contactado a Freedom Charity, mas, não especificou as datas exatas em que ocorreram essas ações. “Elas tinham a sensação de que estavam em grande perigo”, disse. Tanto Prem quanto a polícia negaram que haja indícios de que as mulheres sofressem abusos sexuais. “Aplaudimos as ações da Freedom Charity e trabalhamos juntos para apoiar estas vítimas. Iniciamos uma ampla investigação para estabelecer os fatos em torno destas sérias acusações”, afirmou Hyland. |
Fonte: Opera Mundi
|