A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou hoje que podem existir “pressões”, mas que ela está “segura” de sua permanência no comando da pasta. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews.
O que aconteceu?
- Nísia também admitiu a possibilidade de haver “desejos” para ocupar o cargo dela. “Podem existir desejos e pressões, mas eu estou muito segura de trabalhar em prol de um projeto, de uma missão de reconstrução do SUS, e também como parte de um time que é a equipe ministerial do presidente Lula”, disse.
- A ministra destacou que Lula não deu ‘sinalização’ de mudança na pasta comandada por ela. “Toda a sinalização do presidente Lula é no sentido de perceber a importância do trabalho realizado pela minha coordenação no Ministério da Saúde”, afirmou.
- Nas últimas semanas, o Centrão tem pressionado o governo pela troca de Nísia. Em entrevista ao jornal O Globo, a ministra disse que não tem “nenhum problema” na relação com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
- Na mesma entrevista, Nísia admitiu, porém, que enfrenta um cenário de “disputa política” pela pasta.
Por que Ministério da Saúde é cobiçado?
Políticos explicaram ao UOL o motivo do interesse do Centrão na pasta da Saúde, um dos ministérios que poderia servir cargos e emendas como “moeda de troca” para o governo ter boas perspectivas no Congresso — e, consequentemente, ver seus projetos aprovados.
Alguns dos motivos são:
- O Ministério da Saúde é uma das pastas com maior orçamento disponível para investir nas cidades;
- Os aportes em saúde têm “capilaridade”, ou seja, podem ser direcionados para diferentes estados e municípios;
- Como saúde é uma demanda importante para a população, investimentos em hospitais, remédios e programas de saúde são considerados excelentes materiais para propaganda em anos de eleições.