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Foto: Reprodução |
Enquanto o País teve aumento de 21%, O estado apresentou queda de 6,6%
Na contramão do Brasil, Pernambuco foi o único estado do Nordeste que apresentou queda no número de assassinatos de mulheres entre 2003 e 2013. Nesses dez anos, a região teve um crescimento de 93,7%. Enquanto o estado, nesse mesmo período, apresentou queda de 6,6%. No Recife, seguindo a perspectiva estadual a queda foi ainda maior de 35,2%. Todos os demais estados apresentaram aumento nos índices de violência. A Paraíba obteve um crescimento no número de homicídio de mulheres de 260%, seguida do Rio Grande do Norte (178,1%), Bahia (177%), Ceará (169,9%), Alagoas (111,9%), Maranhão (89,9%) e Sergipe (64,7%).
O levantamento faz parte do estudo “Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres”, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. O resultado do trabalho foi divulgado, quarta-feira (09), no mês de celebração do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher. A data tem um significado especial para o combate à violência contra mulher, pois foi em 25 de novembro de 1960 que três irmãs ativistas foram assassinadas na República Dominicana.
A secretária da Mulher de Pernambuco, Silvia Cordeiro, esclarece que esse resultado é fruto de trabalho contínuo que vem sendo realizado há aproximadamente 14 anos, iniciado no Recife, e fortalecido em 2007, data da criação da Secretaria da Mulher de Pernambuco. A partir daí, o número de homicídios de mulheres vem caindo em virtude da estruturação do plano de segurança em Pernambuco, o Pacto pela Vida, aliado à rede de políticas públicas específicas. “Temos hoje 10 delegacias especializadas, 07 Varas especializadas em Violência Doméstica e Familiar, 36 Centros Especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, além de 174 organismos de políticas públicas desenvolvendo ações no combate da violência contra a mulher”, detalha Silvia Cordeiro.
LEI MARIA DA PENHA – Se analisados os dados de 2006 até 2013, quando teve sanção a Lei Maria da Penha, Pernambuco e o Recife registraram reduções ainda maiores. Respectivamente, as quedas foram de 17,4% e 44,6%. Em 2006, em Pernambuco, a taxa era de 7,1 mulheres assassinadas para cada 100 mil. Em 2013, ela caiu para 5,5. Na Capital, a taxa passou de 10,2 mulheres mortas para cada 100 mil caiu para 5,5. O que significa que o trabalho do Estado de forma descentralizada com a parceria de todas as secretarias, municípios e demais entidades envolvidas no Pacto pela Vida é capaz de reduzir as mortes de mulheres. A secretaria da Mulher de Pernambuco recebeu do governo do Estado a missão de manter esse trabalho e inovar nas ações para que não haja mais nenhuma mulher morta.
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