Iniciativa “O Valente não é Violento”, que atua pelo fim de estereótipos de gênero e comportamentos machistas, produz conteúdo pedagógico livre, para colaborar na formação de estudantes no Brasil. Conteúdo pedagógico foi financiado pela União Europeia e revisado pela Unesco. Oferta pública de materiais se integra à temática “Torne Nosso Futuro laranja: Engajando a juventude na prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas”, integrada ao Dia Laranja deste mês, celebrado a cada 25 no mundo inteiro, pela campanha do Secretário Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”
Currículo Educativo para o Ensino Médio sobre Gênero, Sexualidades e Prevenção de Violências e seis planos de aulas complementares. Estes são materiais pedagógicos disponibilizados, a partir desta sexta-feira (24/7), para as escolas brasileiras. Elaborado pela ONU Mulheres no âmbito da iniciativa O Valente não é Violento, integrada à campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, o currículo é uma proposta pedagógica para conscientizar meninos e meninas sobre o direito das mulheres de viver uma vida livre de violência. As aulas abordam os seguintes temas: Sexo, gênero e poder; Violências e suas interfaces; Estereótipos de gênero e esportes; Estereótipos de gênero, raça/etnia e mídia; Estereótipos de gênero, carreiras e profissões: diferenças e desigualdades e Vulnerabilidades e Prevenção. O projeto foi financiado pelo União Europeia e revisado pela área de Projetos de Educação da UNESCO. A ONU Mulheres reconhece as instituições de ensino como contextos privilegiados para uma formação integral de meninos e meninas e para o exercício da cidadania, considerando seu papel central na promoção de mudanças sociais. “Com o currículo, a ONU Mulheres pretende cobrir uma lacuna no ensino de gênero nas escolas, ofertando a professoras, professores e estudantes ferramentas pedagógicas de liderança e empoderamento das mulheres. Esses conteúdos educativos podem colaborar com a desconstrução de comportamentos machistas e gerar mais consciência sobre as causas da violência contra mulheres e meninas. Educadoras, educadores e estudantes são agentes importantes de transformação e de ação para a prevenção da violência e rumo à igualdade de gênero”, diz Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil. Para a elaboração do currículo, foram pesquisados marcos legais e políticos que apontam para a necessidade da inclusão de discussões acerca desses temas no espaço escolar e experiências de trabalho capitaneadas pelas políticas públicas e por organizações da sociedade civil. O programa considera as diretrizes do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM 2013-2015), que apontam para a necessidade de promover a inserção de temas voltados para a igualdade de gênero e valorização das diversidades nos currículos, materiais didáticos e paradidáticos da educação básica. O PNPM destaca, ainda entre os seus objetivos, a necessidade de “consolidar na política educacional as perspectivas de gênero, raça, etnia, orientação sexual, geracional, das pessoas com deficiência e o respeito à diversidade em todas as suas formas, de modo a garantir uma educação igualitária e cidadã”. A ONU Mulheres vê a inclusão de discussões sobre as temáticas de gênero nos currículos necessária para a formação de professoras e professores do ensino médio, favorecendo análises e processos de reflexão sobre as desigualdades de gênero, étnicorracial, geracional, diversidade sexual, identidade de gênero e as violências. “É preciso qualificar permanentemente as pessoas que trabalham na escola, em especial as professoras e professores. Entendemos como urgente e necessário avançar na construção de um currículo plural e inclusivo, que apresente uma perspectiva multicultural e abra espaço para que diferentes gêneros, etnias, faixas etárias e necessidades de aprendizagem, além de outras categorias da diversidade, sejam efetivamente contempladas”, diz o psicólogo Marcos Nascimento, pesquisador em gênero, sexualidade e masculinidades e consultor responsável pela elaboração dos materiais pedagógicos em parceria com a ONU Mulheres. Educadoras, educadores s e organizações podem entrar em contato para saber mais sobre o currículo da ONU Mulheres pelo e-mail ovalentenaoeviolento@gmail.com Dia Laranja – A oferta pública do currículo e dos planos de aula acontecem no contexto das atividades do Dia Laranja, celebrado mensalmente a cada 25 por proposição da campanha do Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres, como momento para ampliar a conscientização e agir pela eliminação da violência contra mulheres e meninas. Sendo uma cor vibrante e otimista, o laranja representa um futuro livre de violência contra mulheres e meninas, convocando ativistas, governantes e membros das Nações Unidas a se mobilizarem pelo tema da prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas, não só uma vez ao ano, no 25 de Novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres), mas todos os meses. Em julho de 2015, a campanha UNA-SE ressalta o papel de um grupo específico cujos esforços são vitais para um futuro livre de violência contra as mulheres e meninas: a juventude. O tema da ação de 25 de julho é “Torne Nosso Futuro Laranja: Engajando a juventude na prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas”. Inventário | Currículo |Plano de aula 1 | Plano de aula 2 | Plano de aula 3 | Plano de aula 4 | Plano de aula 5 | Plano de aula 6
Comece já! – A juventude soma mais de 1,8 bilhões de pessoas no mundo. Elas são grandes agentes de mudança de atitudes negativas, estereótipos de gênero e comportamentos que levam à violência. A violência contra mulheres e meninas tem raízes na discriminação e na desigualdade de gênero e começa cedo, portanto, a prevenção precisa acompanhar esse fator desde a educação de meninos e meninas, a fim de promover relações de gênero mais respeitosas. Neste Dia Laranja, a campanha UNA-SE incentiva as juventudes do mundo inteiro a usarem suas vozes! Grave uma mensagem em vídeo contando por que você acredita em um futuro livre de violência contra mulheres e meninas. Suba o vídeo para o YouTube e compartilhe o link no Twitter ou Facebook com as hashtags #DiaLaranja e #OrangeDay. |
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Fonte: ONU Mulheres
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