O primeiro painel do Seminário Nacional de Mulheres com o tema “As Mulheres e as Eleições 2014” teve como tema – O papel das mulheres na política. A secretária especial da Executiva Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), coordenadora de formação política e Relações Internacionais da Secretaria de Mulheres do PSB, Mari Trindade, coordenou a primeira apresentação. “O papel da mulher na política é o tema do nosso primeiro painel, em que vamos ouvir mulheres ligadas à política, ver o que era e o que é, além de analisar o que mudou e o que ainda precisa mudar. Precisamos entender qual é o próximo passo que precisamos dar, precisamos entender quais as próximas mudanças que o Brasil quer e depende de nós, mulheres”, explicou Mari Trindade. Em seguida a senadora Lídice da Mata (PSB/BA) começou falando da mulher de antes, da mulher que existia antes de qualquer direito civil e comum existir. Ela explanou que a mulher brasileira representa 52% da população brasileira, mas que no âmbito político mal alcança os necessários 30%. “Nós precisamos mudar essa realidade, nós precisamos nos reconhecer na representação política do povo brasileiro, nós temos que olhar para o parlamento e ver que a maioria não é de homens e brancos”, explicou. “Essa democracia não é democracia verdadeira”, abordou a senadora, avaliando um cenário em que se olha para o parlamento e encontra-se homens – maioria brancos, “sendo que a maioria da população brasileira é composta por mestiço, negro, índio, mulher, e essa maioria não é representada”. “2014 é a nossa vez, a vez de eleger o maior número de mulheres da história do nosso País, para melhorarmos a vida de todos e, principalmente, da mulher brasileira”, concluiu Lídice da Mata. Eliziane Gama, deputada Estadual (PPS/MA), avaliou que o cenário político atual mudará de forma expressiva nas próximas eleições. “Está em nossas mãos mudar a história e ser protagonistas da mudança do cenário feminino no Brasil”, disse. “Nós já estamos avançando em nível de Brasil. Essa não é uma luta de poder, de homens serem piores e nós sermos melhores, mas é para mostrar que nós somos iguais, que nós podemos mostrar a diferença e melhorar o Brasil.”, destacou a deputada. “Nós, mulheres, precisamos nos convencer, para provar aos outros que somos capazes”, concluiu. Elza de Fátima, diretora financeira do sindicato dos metalúrgicos de SP e Mogi das Cruzes (SDD/SP), também esteve presente e destacou a visão diferente que a mulher tem sobre diversos cenários. “Nós realmente não estamos aqui para lutar contra os homens, nós estamos aqui para partilhar um ambiente. Nós avançamos muito, mas ainda estamos longe da igualdade”, alertou. A vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento (PV/BA), iniciou a fala contando a própria trajetória complicada até chegar no lugar político que hoje ocupa. “Não é possível construir essa sociedade que todos desejam sem antes pautar o papel da mulher na política. Essa é a realidade da mulher, superação”, avaliou. Ela ainda ponderou que é difícil ver uma iniciativa pelo simples desejo de entrar para a política brasileira. “Na sociedade em que nós vivemos não há motivação para participar da política, as notícias e os cenários que nós conhecemos não nos dá vontade de participar”, falou Célia Sacramento. A professora, jornalista e ex-vereadora pelo PPS em São Paulo, Soninha Francine, encerrou o primeiro painel do Seminário também relatando trechos e episódios interessantes da vida que a levaram até o lugar social que hoje ocupa – de comentarista de futebol à política. Ela explicou também que desde os primórdios o homem sempre ficava a cargo de tarefas rápidas, brutas e de curto prazo, com resultado pontual, como a caça, por exemplo. Já a mulher ficava com a plantação, atividade de planejamento que demanda tempo e resultado a médio e longo prazo. “É comum a mulher ouvir frases negativas como ‘aqui não é seu lugar’, ‘você não consegue’, ‘você não é forte o suficiente’, ‘esse mau humor é falta de homem’, ‘lugar de mulher é na cozinha’, entre outras. O que nós precisamos é superar, passar por isso e conquistar nosso espaço, sabendo da diferença existente entre homem e mulher, mas entendendo que a capacidade é igual”, destacou. O Seminário é realizado pela Secretaria Nacional de Mulheres do PSB, com apoio da Fundação João Mangabeira, e acontece até esta quarta-feira (13) no Salão Vermelho do Hotel Nacional, em Brasília (DF). |
Maita Rocha – Assessoria de Imprensa do PSB Nacional
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