Presença feminina passou de 35,4%, em 2000, para 43,9%, em 2010. Homens representaram 63,3% da população ocupada em 2010.As mulheres aumentaram sua presença entre a população ocupada, com mais de 10 anos de idade, em todo o país. A população total registrada foi de 161.981.299, sendo 86.353.839 pessoas com trabalho. Em 2000, as mulheres representavam 35,4% do total e chegaram a 43,9% em 2010, registrando um aumento de 24% em 10 anos. Elas também têm o maior percentual com nível superior entre a população ocupada (19,2%), em comparação com os homens, que é de 11,5%. Os dados são do Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (19/12). Apesar do crescimento, o sexo feminino ainda está atrás do masculino, já que eles representavam 61,1% da população ocupada em 2000 e passaram para 63,3% em 2010, um crescimento de 3,5%. Por outro lado, o percentual de mulheres com nível superior completo é maior entre a população geral e também entre a população ocupada. Os homens com pelo menos o nível superior de graduação completo eram 9,9% do total e as mulheres, 12,5% em 2010. Já somente entre a população ocupada, os indicadores foram 11,5% e 19,2%, respectivamente. O nível de ocupação das mulheres com pelo menos o curso superior completo chegou a 78,2%, mais que o dobro do das mulheres sem instrução ou com o fundamental incompleto (36,9%). De 2000 para 2010, o nível da ocupação das pessoas de 10 anos ou mais de idade subiu de 47,9% para 53,3%. A presença das mulheres também aumentou nas grandes regiões, passando de 20,9% para 28,4%. O nível da ocupação na área urbana também cresceu, passando de 47,6% em 2000 para 53,8% em 2010. Na área rural, o índice foi de 49,6% para 50,7%. Ocupação e escolaridade A ocupação entre crianças e adolescentes que não frequentavam escola foi de 17,5% no grupo etário de 10 a 13 anos, 23,2% no de 14 ou 15 anos, e 37,5% no de 16 ou 17 anos de idade. O percentual caiu entre os que estudavam, registrando, respectivamente, 4,8%, 11,7% e 23,8%. O nível da ocupação das pessoas de 25 anos ou mais de idade cresceu de acordo com o nível de instrução. Enquanto a população sem instrução ou com nível fundamental incompleto representou 51,8%, as pessoas com pelo menos o nível superior completo chegaram a 81,7%. O grupo de profissionais das ciências e intelectuais detém o nível de instrução mais elevado, com 65% das pessoas com nível superior completo. Em seguida estão direitores e gerentes, com 34,6%. Já na liderança da faixa de escolaridade de nível médio completo e superior incompleto estão: membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (60,4%), trabalhadores de apoio administrativo (58,7%), técnicos e profissionais de nível médio (53,2%) e trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (41,5%). No grupo de menor nível de instrução (sem instrução ou nível fundamental incompleto) estão: trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca (78,3%), ocupações elementares (61,2%), trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios (50,9%) e operador de instalações e máquinas e montadores (42,9%). A categoria de militares e funcionários públicos estatutários registrou 46,3% da pessoas com nível superior completo. Entre os empregados, 33,1% têm nível superior. Por outro lado, 48,7% dos trabalhadores por conta própria não têm instrução ou têm nível fundamental incompleto, apenas 9,8% têm nível superior completo. Já no grupo dos trabalhadores na produção para o próprio consumo, 81,8% não têm instrução ou possuem apenas o fundamental incompleto. Entre os trabalhadores não remunerados, 59,9% têm o menor nível de instrução, e 60,8% dos trabalhadores domésticos também estão nesse grupo. O total de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto ficou em 44,2% na área urbana, e 79,6% na área rural. Já na população ocupada, os índices caíram para 35,2% na área urbana, e 76,1% na área rural. Presença feminina e masculina Já na população feminina, 61,5% estavam em 5 seções de atividade: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (16,7%), serviços domésticos (15,1%), educação (10,1%), indústria de transformação (9,8%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (9,7%). A seção com maior a predominância feminina foi a de serviços domésticos, com 92,7%. Em seguida estão educação (75,8%) e saúde humana e serviços sociais (74,2%). A participação das mulheres ainda foi maior do que a dos homens no grupo de outras atividades dos serviços (62,5%), alojamento e alimentação (54,9%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (50,3%). Rendimentos O rendimento real dos empregadores caiu 18,6% (de R$ 6.138 para R$ 4.994) entre 2000 e 2010, enquanto o dos empregados e dos trabalhadores por conta própria cresceu, respectivamente, 15,8% (de R$ 1.018 para R$ 1.079) e 6,5% (de R$ 1.237 para R$ 1.317). Nos subgrupos e categorias dos empregados, o maior ganho real foi o de militares e funcionários públicos estatutários, que passou de R$ 1.708 para R$ 2.407, seguido por trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada, de R$ 478 para R$ 640, e sem carteira de trabalho assinada, de R$ 309 para R$ 393. Os menores ganhos foram os dos demais empregados com carteira de trabalho assinada, de R$ 1.252 para R$ 1.289, e sem carteira de trabalho assinada, de R$ 648 para R$ 736. Empregados e empregadores Apenas 2% dos ocupados são empregadores e 21,5% são trabalhadores por conta própria. Os não remunerados e trabalhadores na produção para o próprio consumo representaram 4,8% na população de 18 anos ou mais de idade, 57,5% no grupo de 10 a 13 anos, 31,8% no de 14 ou 15 anos e 14,6% no de 16 ou 17 anos. Entre os empregados com carteira assinada, os homens tiveram participação de 67,7% e as mulheres 59,3%. Por outro lado, entre os militares e funcionários público estatuários (com registro), o sexo feminino chegou a 9,5% e o sexo masculino ficou com 6,1%. No grupo dos trabalhadores sem carteira assinada, as mulheres também são maioria, com 31,2%, enquanto os homens registraram 26,3%. De 2000 para 2010, no subgrupo dos trabalhadores domésticos, a categoria dos com carteira de trabalho assinada passou de 29,8% para 33,8%. O percentual das pessoas com carteira de trabalho assinada no subgrupo dos trabalhadores domésticos subiu de 28,6% para 33,3%, para as mulheres, e declinou de 43,8% para 40,6%, para os homens. Mais de um trabalho Em 2010, no total de pessoas com mais de um trabalho, havia 36,2% com pelo menos o nível superior de graduação completo, enquanto que, para aquelas com um trabalho, o percentual ficou em 11,6%. Horas trabalhadas Já no grupo que trabalha menos de 40 horas semanais, as mulheres ocupadas eram 34,4%, enquanto os homens, 19,6% No contingente de crianças e adolescentes, quanto menor a idade maior foi a concentração nos grupos de horas trabalhadas mais baixos (até 14 horas e 15 a 29 horas). As pessoas que trabalhavam até 14 horas semanas representavam 40,7%, no grupo etário de 10 a 13 anos, 24,8%, no de 14 ou 15 anos, e 13,6% no de 16 ou 17 anos. Na população adulta jovem e de meia-idade (18 a 59 anos de idade), 7,3% trabalhavam até 14 horas semanais. Com relação às pessoas idosas, a participação nos grupos de horas trabalhadas mais baixos superava a dos adultos jovens e de meia-idade. Na faixa etária de 70 anos ou mais, 22,6% trabalhavam até 14 horas semanais. Rendimento domiciliar Em 2010, o índice de Gini da distribuição do rendimento mensal domiciliar foi 0,567, caindo 5,0% em relação a 2000 (0,597). Em todas as grandes regiões houve redução nesse índice, sendo que a queda mais expressiva se deu na Região Sul (9,4%) e as menores nas Regiões Norte e Sudeste (ambas de 4,3%). Em 2010, o mais alto índice de Gini do rendimento mensal domiciliar foi o do Distrito Federal (0,600) e o menor, de Santa Catarina (0,475). No caso do rendimento real mensal domiciliar per capita, de 2000 para 2010, houve aumento de 28,6% no Brasil, e o índice de Gini passou de 0,634 para 0,600, uma queda de 5,4%. Deslocamento A existência de grandes concentrações urbanas, como as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de várias outras cidades com considerável poder de atração de trabalhadores, pode ser uma das razões para a variação regional dos percentuais dos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, respectivamente, de 17,6% e 7,6%, para até 5 minutos, e de 0,3% e 4,4% (229.512 pessoas) para mais de 120 minutos. A análise conjunta dos deslocamentos para trabalho e estudo indicou que, dos 161.981.299 habitantes, com 10 anos ou mais de idade, em 2010, 11.856.056 trabalhavam e estudavam, 28.813.417 apenas estudavam e 74.497.783 apenas trabalhavam. |
Fonte: G1
|