Nesta terça-feira, 18, ao sair do Palácio da Alvorada, o Presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer declarações esdrúxulas direcionadas à imprensa brasileira. Desta vez, desferiu impropérios ao referir-se a Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha.
O presidente, em atitude evidentemente misógina, não hesitou em questionar a dignidade e a honra da competente jornalista, e o fez, sobretudo, por ser mulher. Usando de desdém, sexualizou o jargão jornalístico “furo”, endossando o depoimento difamatório dado à CPMI das Fake News sugerindo que a jornalista teria tentado adquirir informações em troca de sexo: “Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, vilipendiou sorrindo.
Em um país cuja população conta com mais de 52% de mulheres, em que uma mulher é estuprada a cada 11 minutos e em que ocorre um feminicídio a cada duas horas, é inaceitável que o Presidente da República se refira a uma de nós de maneira tão desrespeitosa e infantil.
A vulgaridade de seu linguajar reflete apenas a depravação da família Bolsonaro e não é minimamente digna para dirigir-se à totalidade de brasileiros aos quais deveria representar como chefe de Estado.
A Secretaria Nacional de Mulheres do PSB repudia a atitude de Jair Bolsonaro e presta, mais uma vez, sua solidariedade à jornalista Patrícia Campos de Mello.