Especialistas em direitos das mulheres parabenizam a ONU por apoiar e incentivar o papel feminino nas resoluções das revoltas populares no Oriente Médio, mais conhecidas como o movimento “primavera árabe”. Em uma conversa com estudantes universitários da região de Nova York, eles disseram que as mulheres estão contribuindo por desempenharem uma nova forma de cooperação. “O que as revoluções que vêm ocorrendo desde 2011 obrigaram-nos a perceber é que temos que olhar para nossos parceiros”, disse Azza Karam, Conselheira do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), observando que a participação de mulheres, jovens e da sociedade civil foram vitais na derrubada de regimes no Egito, Líbia, Tunísia e Iêmen. “O que precisamos fazer é identificar novas vozes, reunir e reavaliar nossas parcerias e, finalmente, identificar novas formas de trabalhar juntos”, acrescentou. A representante do Conselho de Relações Exteriores, Isobel Coleman, também participou do painel que aconteceu na semana passada sobre como as mulheres estão transformando o Oriente Médio durante esse período de transição. Os participantes ressaltaram que não só as mulheres se juntaram na linha de frente do conflito com os homens, mas também estão tendo mais participação nas universidades, juntamente com os seus índices de alfabetização mais elevados e maior presença no mercado de trabalho. “Derrubar ditaduras é fácil. Construir algo novo em seu lugar é a parte mais difícil”, disse Coleman. Segundo Karam, a juventude deve se envolver mais na definição da agenda de desenvolvimento para o futuro e temas como cultura e religião devem receber mais atenção. “Nós estamos desenvolvendo uma cultura secular. E, na verdade, muitas pessoas estão se tornando ícones religiosos. Podemos então ignorar o quão relevante esse tema é para o desenvolvimento humano?”, ressaltou. Coleman disse que a ONU continua a apoiar o despertar das mulheres no Oriente Médio através dos seus mecanismos de pesquisa e fazendo um trabalho de divulgação dos resultados. Ela também apontou que a Organização chama a atenção de líderes de Estado para questões que muitas vezes não recebem a devida importância. |
Fonte: ONU
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