As mulheres continuam ganhando salários menores que os homens no Brasil em 17 setores e atividades de trabalho. O rendimento feminino ficou acima somente nas áreas de indústria extrativa, construção civil e transporte, e correio e armazenagem. Os dados são de pesquisa do IBGE no Censo de 2010, divulgada hoje. Ao todo, foram analisados 20 setores de trabalho. Nos ramos em que as mulheres têm vantagem, elas ganhavam 10,5%, 65,8% e 0,3% mais do que os homens, respectivamente. Essas áreas, porém, têm pequena presença feminina e as mulheres ocupam, em geral, cargos de nível técnico e superior, como atividades ligadas à administração, gerência ou coordenação de projetos, de acordo com o IBGE. Longe das áreas operacionais que pagam salários mais baixos, diz o instituto, a remuneração feminina é mais alta nessas atividades, nas quais podem exercer, por exemplo, cargos como de engenheiras na indústria extrativa ou na construção. Pelos dados da pesquisa, a maior diferença entre salários de homens e mulheres estava nas atividades de saúde e serviços sociais, cuja remuneração delas representava 48,4% da masculina. Em seguida, vinham a indústria (elas ganhavam 62,8% do rendimento dos homens), atividades profissionais, técnicas e científicas (63,2%) e atividades financeiras (63,6%). Em média, as mulheres recebiam 73,8% do salário dos homens. Elas tinham, em 2010, rendimento médio de R$ 1.070, contra R$ 1.451 dos homens. Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress Em poucos setores, a remuneração delas em relação à masculina ficava acima dessa média. Eram exemplos os setores de gás e eletricidade (89,1%) e artes, cultura e esportes (86,1%). |
Fonte: Folha de São Paulo
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