Mulheres negras de todo o país marcharam contra o racismo, a violência e as más condições de vida da população negra nesta quarta-feira (18), em Brasília. A 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras reuniu milhares de mulheres com música, faixas, cartazes e discursos em direção à Praça dos Três Poderes.
Segundo a secretária-geral da Negritude Socialista Brasileira (NSB), Valneide Nascimento, a primeira marcha da mulher negra representa um marco na história do movimento. “Podemos mostrar o que sentimos e queremos de políticas públicas para as mulheres negras, que são as mais vitimadas em tudo”, declarou. As mulheres negras receberam apoio de parlamentares, como a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP). A socialista disse que se juntou ao movimento para protestar contra a discriminação das mulheres negras no Sistema Único de Saúde (SUS) e reivindiar o reconhecimento das parteiras tradicionais. “A mulher negra sofre na saúde, nos atendimentos do SUS. Os médicos não olham essas mulheres, principalmente os ginecologistas e obstetras. A marcha também apoia a regulamentação da atividade da parteira tradicional, para definir um salário para essas mulheres que estão nas comunidades longínquas, aonde nenhum profissional da saúde chega”, disse. As mulheres negras são 25,5% da população brasileira (48,6 milhões de pessoas), segundo dados do último Censo de 2010. Entre as mulheres, as negras são as maiores vítimas de crimes violentos. De 2003 para 2013, o assassinato desse grupo cresceu 54,2%, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil. A 1º Marcha das Mulheres Negras integrou a campanha Novembro pela promoção da Igualdade Racial, por ocasião do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro. Com informações da Agência Brasil |
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