Essa realidade é vista especialmente nas cidades menores
Apesar de os homens terem 5,6 milhões de empregos com carteira assinada mais que as mulheres, essa liderança não se dá em todo o país: em 30% das cidades brasileiras, quem lidera, na verdade, são as mulheres, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Essa realidade é vista especialmente nas cidades menores, em que as prefeituras são os principais contratantes e onde a educação é um fator que pesa mais na contratação, por exemplo, por causa de concursos públicos.
Só dois dos 44 municípios com mais de 500 mil habitantes têm presença feminina preponderante no mercado de trabalho formal: Porto Alegre e Florianópolis. Na outra ponta, elas são maioria em 34% das cidades com no máximo 20 mil habitantes. Em alguns lugares do país, há três mulheres empregadas para cada homem.
No Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba e Alagoas, mais da metade dos municípios tem predominância de trabalho formal feminino.
Uma característica é que essas são localidades em que os serviços são muito fortes: onde a mulher ganha, o setor representa 67% das vagas totais desse grupo de municípios, ante 55% na média geral. Em quase um quarto dessas cidades, os serviços são mais de 90% das vagas.