Pesquisa da EGOV revela que servidores são maduros, experientes e qualificados Determinadas, destemidas, batalhadoras, estudiosas, guerreiras. Elas são maioria e compõem hoje 61% do quadro efetivo do GDF. A maioria com idade entre 35 e 55 anos, buscou a estabilidade financeira de um concurso público e assim conquistou a independência e realização profissional. As mulheres também conquistaram boa parte dos cargos de comando do GDF, embora a maior fatia ainda seja liderada pelos homens. Os dados são da pesquisa realizada pela Escola de Governo do GDF (EGOV) que traçou o perfil dos servidores revelando um crescimento considerável das mulheres no serviço público. Os dados foram coletados dos sistemas de gerenciamento de recursos humanos, cuja base de dados foi fornecida pela Diretoria de Análise e Projeções Estatísticas, da Coordenação de Geração e Acompanhamento, da Subsecretaria de Gestão de Pessoas, da Secretaria de Gestão Administrativa e Desburocratização (SEGAD). As secretarias de Saúde e de Educação são as que mais têm mulheres, em ambas mais de 70% do quadro é do sexo feminino. Os números ainda mostram que elas ocupam 43,57% dos Cargos de Natureza Especial (CNE) e dos Cargos de Natureza Política (CNP), cargos comissionados mais altos do GDF. Os homens ocupam, portanto, 56,43% do quantitativo dos cargos da alta administração. Segundo o Diretor Executivo da EGOV, Professor José Wilson Granjeiro, o dado reflete a evolução da nossa sociedade. “Hoje, as mulheres alcançam cada vez mais espaço nas mais diversas atividades profissionais, no serviço público não poderia ser diferente”, afirma. Aos 20 anos, Tânia Alves Monteiro, encarou seu primeiro dia de trabalho no GDF. De lá para cá, foram 25 anos de dedicação ao serviço público. Dedicação também ao seu crescimento profissional. Depois de passar em três concursos, Tânia acumula o cargo efetivo de gestora pública e ainda um cargo de confiança na Secretaria de Gestão Administrativa. Para a servidora, as mulheres buscam cada vez mais a estabilidade do concurso público pela segurança financeira que o cargo proporciona. Na opinião dela, o perfil das servidoras revela o empoderamento da mulher na sociedade. “Temos aqui no GDF mulheres maduras e competentes, não é difícil encontrarmos exemplos de servidoras que começaram suas carreiras com cargos muito simples e hoje chegaram a diretorias, secretarias de Estado. Isso tudo porque nós, mulheres, temos uma facilidade muito grande de enxergar o todo, lidamos bem com as pessoas, conciliamos bem as dificuldades, vaidades individuais e sabemos avaliar cada situação dentro do conjunto que envolve nossa função, isso nos diferencia”, avalia a servidora. Quadro efetivo do GDF é maduro, experiente e qualificado revela estudo A pesquisa aponta que a maioria dos servidores públicos ativos, 68%, possui curso superior completo ou em fase de conclusão. Os dados revelam, também, que o número de doutores e pós-doutores, 315, é maior que o número de analfabetos e alfabetizados sem cursos regulares, 237. A Escola de Governo pretende, em parceria com a Secretaria de Educação, iniciar o processo de alfabetização dos servidores que ainda não têm nível algum de escolaridade. Os números referentes à escolaridade também foram destaque na pesquisa da EGOV. Enquanto o percentual de servidores com ensino médio completo ou em fase de conclusão é de 26,5%, o de servidores especialistas é de 15,5%. “O número de mestres é muito baixo, 1,5%, o que sinaliza que a EGOV terá muito trabalho para formatar cursos de mestrado e até de doutorado para os servidores do GDF. Em decorrência disso, pretendemos que o nível de escolaridade seja cada vez maior e, assim, tenhamos um quadro de pessoal ainda mais qualificado e preparado para atender à sua excelência o cidadão-cliente”, explica Granjeiro. A pesquisa revela um dado importante do serviço público distrital: o quadro está mais velho. Há menos de 2.000 servidores com menos de 25 anos de idade. A grande maioria dos servidores públicos ativos do Poder Executivo do DF está na faixa dos 35 e 55 anos de idade. Além disso, há uma parcela expressiva do contingente com mais de 55 anos (15%). “Temos uma visão positiva do quadro funcional do GDF com profissionais capacitados, maduros e experientes. Porém isso significa que haverá uma enxurrada de aposentadorias na próxima década, dado preocupante para o GDF”, salienta. O secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antonio Paulo Vogel, destaca que conhecer o perfil dos servidores do governo é fundamental para traçar o direcionamento adequado dos cursos da EGOV. “Com os dados em mãos, o governo tem elementos para se preparar para o futuro seja a curto, médio ou longo prazo. Como a secretaria também é responsável pela gestão de pessoal, esses dados são importantíssimos para direcionar políticas que atendam a demanda da administração pública como é o caso, por exemplo, dos servidores que irão se aposentar nos próximos anos”, afirma Vogel. A pesquisa contabilizou dados de 109 mil servidores públicos ativos no Poder Executivo do Governo do Distrito Federal (GDF). Não foram computados os empregados públicos das empresas estatais distritais: BRB, CAESB, CEB e TERRACAP. Ainda segundo registros do SIGRH e do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE), são cerca de 50 mil aposentados, 20 mil pensionistas e outros sete mil afastados por diversas razões: atestado médico, licença-prêmio, afastamento para desempenho de mandato classista ou eletivo, entre outros. |
|||
Fonte: Ascom GDF
|
|||