“Popularizar a ciência é uma chave para a mudança e para que tenhamos no futuro uma produção científica e tecnológica de ponta e para que enfrentemos esse negacionismo tão presente não só no Brasil, mas no mundo”, disse a ministra
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou durante a abertura da 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a destinação de R$ 100 milhões para promover ações de popularização da ciência nesta terça-feira (17/10). De acordo com Luciana, esse é o maior valor que já foi previsto para este fim. Estiveram no evento também os ministros da Educação, Camilo Santana; do Meio Ambiente, Marina Silva; das Comunicações, Juscelino Filho; da Saúde, Nísia Trindade; e da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias.
“Popularizar a ciência é uma chave para a mudança e para que tenhamos no futuro uma produção científica e tecnológica de ponta e para que enfrentemos esse negacionismo tão presente não só no Brasil, mas no mundo”, comentou a ministra.
Luciana ainda acrescenta a intenção de disseminar o conhecimento produzido no país. “A ciência não é uma coisa distante de nós, não é algo complicado, ela está em tudo e ela existe para encontrar respostas para os problemas do nosso tempo, e para, principalmente, cuidar das pessoas. Nós não queremos que a ciência seja um assunto de poucos, que fique restrito às universidades e instituições de pesquisa”, afirma.
“Luciana e eu reajustamos o valor das bolsas que há 10 anos não havia reajuste nesse país. No Ministério da Educação reajustamos a merenda escolar dos alunos, que estava há 6 anos sem reajuste. Como nós queremos qualidade de educação, estimular os alunos nas escolas com ciência e tecnologia, sem ter alimentação adequada para eles?”, questionou Camilo Santana.
A ministra Marina Silva destacou como a ciência é uma importante aliada do Meio Ambiente. “A ciência tem prestado um serviço à humanidade muito relevante. O diagnóstico que a ciência vem fazendo, ligado ao meio ambiente é muito importante. Começamos este ano com uma grande seca na região Sul do país e grandes cheias na região da Amazônia, e estamos encerrando o ano com o processo inverso. A ciência diz que também tem limites e que nós precisamos respeitar os limites da natureza porque nós não a conhecemos em sua totalidade. Sabemos que se passar dos 25% de destruição da Amazônia, ela entra em ponto de não retorno”, declarou.
Neste ano, o tema da Semana Nacional é “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”, que está alinhado à Agenda 2030 da ONU. O evento segue até o próximo domingo no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Exposições, palestras e mostras cientificas fazem parte da programação.