Lançamento está previsto para o dia 25 de outubro, segundo anúncio feito no Festival Rede Mulher Empreendedora 2023
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou a Marcha contra a Misoginia, destinada a chamar a atenção contra o ódio às mulheres. Com a indicação de lançamento para o dia 25 de outubro, a ministra não deu muitos detalhes, mas ressaltou para a plateia feminina que ódio presente no país não tem ajudado as mulheres a realizar qualquer coisa.
“Quanto mais nós ocupamos os espaços de poder, quanto mais crescemos, ganhamos dinheiro, mais eles ficam com ódio e nos desqualificam, dizendo que estamos fazendo besteira. E aí depois quando paramos de fazer, dizem que somos feias, mal amadas, vem a gordofobia, o racismo e tudo isso para diminuir a nossa autoestima, para sairmos desses lugares“, disse na última sexta-feira (6) ao participar da abertura do Festival RME (Rede Mulher Empreendedora) 2023.
Durante o evento em São Paulo, a ministra destacou que é preciso construir um país com mais mulheres empreendedoras e disse conhecer bem a realidade da empresária. Comentou sobre as dificuldades para começar no mercado, já que grande parte das empreendedoras também são mães solo e muitas vezes param de estudar e optam por abrir seu próprio negócio por não terem uma rede de apoio ou onde deixar seus filhos.
“E que bom que nós fizemos isso. Demos certo, nós estamos aqui numa rede de mulheres empreendedoras muito grande. De fato, o empreendedorismo brasileiro tem a cara, o jeito e a forma da mulher brasileira. Nós vamos mostrar para eles que a mulher empreendedora vai mudar o Brasil“.
Cida relembrou as dificuldades para aprovar o projeto de lei que prevê a igualdade salarial e que o Brasil está no momento certo para implementar. “Essa lei é importante para dizer que nós temos condições de estar no mesmo lugar que os homens e no lugar que nós quisermos, do jeito que quisermos, ganhando muito e não tendo vergonha de dizer que queremos ganhar muito.”
Ela completou que as mulheres têm grande capacidade para investir e que todos os recursos que ganham são empregados inclusive para ajudar outros membros da família e ainda para pagar as dividas em dia. “Nós temos mais compromisso social, com impostos e uma série de outras coisas que vão voltar para a sociedade, para o país. Nós, mulheres, terminamos construindo muito mais toda política econômica que é base da sociedade”.