A participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, em audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados terminou com uma confusão entre parlamentares hoje. Deputados de oposição afirmaram que a ministra abandonou a reunião antes do combinado.
O que aconteceu
- Nísia disse que precisava deixar a audiência para encontrar com a comitiva do presidente Lula (PT) em Dubai, nos Emirados Árabes. “Como havia lhe adiantado [presidente da comissão, Bia Kicis (PL-DF], acho que respondi a todos os requerimentos eleitos, muitos deles são reiterações de respostas anteriores, vou precisar me ausentar. Estou indo para a missão em Dubai com o presidente e deixo aqui o registro de que continuaremos a ser um ministério do SUS e a defesa da vida”.
- Kicis, então, rebate o argumento da ministra. “Eu combinei com sua assessoria que nós teríamos quatro horas de audiência. Não temos quatro horas, temos três horas. Peço que a senhora fique. Quero deixar claro que esse não foi o combinado. Peço que os secretários permaneçam”.
- Enquanto a ministra da Saúde se levanta, os deputados Jorge Solla (PT-BA) e Nikolas Ferreira (PL-MG) discutem. “Se você trabalha quatro horas, problema seu, eu trabalho o quanto eu quiser. Tá cansado? Tá cansadinho? Pode ir. ‘Vá se ferrar’ você, meu irmão. Vai para casa, então”, diz o bolsonarista.
- A ministra da Saúde participou da audiência após pedido de deputados bolsonaristas e de oposição. A ideia era debater suposta fraude em contrato de licitação.
Viagem de Lula
- O presidente Lula viajou à Arábia Saudita para discutir investimentos no Brasil. No primeiro dia da visita, a pauta dos encontros envolveu tanto a possibilidade de investimentos sauditas no Brasil como temas da geopolítica mundial, incluindo a guerra em Gaza.
- Depois da agenda em Riad, na Arábia Saudita, Lula segue para Doha, no Qatar. Lá, deverá se encontrar com empresários e autoridades de ambos os países.
- O principal compromisso da viagem de Lula será sua participação na COP28, em Dubai, onde deverá chegar no dia 1º de dezembro. Por fim, o presidente cumprirá agendas com o chanceler da Alemanha, Olaf Schols, entre os dias 3 e 4 de dezembro.