Em 15 dias da campanha de vacinação contra o vírus HPV, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio já vacinou, entre os dias 10 e 25 deste mês de março 74.733 meninas de 11 a 13 anos. O número representa uma cobertura de 52,9% da população alvo na cidade. A campanha segue nas escolas participantes e em todas as unidades de Atenção Primária. Após essa data, a vacina usada na prevenção do câncer de colo do útero continuará disponível em mais de 200 salas de imunização em todas as Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde.A meta do município é vacinar 113 mil meninas (80% da população alvo). Para receber a dose nas unidades de saúde, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Para tomar a vacina nas escolas participantes da campanha, os pais devem assinar termo de autorização. Cada adolescente precisa tomar três doses para completar a proteção, sendo que a segunda, seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira. Neste primeiro ano em que a vacina é ofertada na rede pública, será imunizado o primeiro grupo da população alvo, formado por meninas de 11 a 13 anos. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as de 9 a 11 anos e, em 2016, às de 9 anos. A vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS). O câncer de colo de útero é o terceiro que mais atinge as mulheres. Estimativa da OMS aponta que, no mundo, 290 milhões de mulheres são portadoras da doença e, a cada ano, 270 mil morrem devido ao câncer de colo do útero. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos da doença no Brasil e cerca de 4.800 óbitos. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam anualmente o exame preventivo, o Papanicolau. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. |
Fonte: Correio do Brasil
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