Na quinta-feira, Lula foi apresentado a uma extensa pesquisa quantitativa e qualitativa sobre as mulheres evangélicas, um dos grupos de brasileiros que o seu governo quer entender melhor — uma turma em geral refratária ao discurso do PT. O objetivo é criar políticas públicas específicas para dialogar com essas pessoas.
De acordo com a pesquisa, o perfil básico da mulher evangélica é o de uma moradora de periferia, chefe de família, com renda de até três salários-mínimos e trabalhando na informalidade.
A Secom tem em mãos também pesquisas recém-saídas do forno sobre outros quatro perfis bem definidos: os “nem-nem”, como são caracterizados os jovens de periferia entre os 16 e 24 anos e que majoritariamente (75%) não estudam e nem trabalham; a turma do agro; os profissionais de segurança, que neste caso são militares, policiais e vigilantes e guardas; e aqueles a quem a pesquisa batizou de “uberizados”, ou seja, pequenos empreendedores e motoristas de aplicativos, que detestam políticos, têm renda entre três e cinco salários-mínimos (no caso das mulheres) e de até oito salários-mínimos (no caso dos homens).
São os que mais rejeitam o governo, embora já tenham votado em Lula em outras eleições.