O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é marcado por manifestações dos movimentos feministas contra o machismo e por melhores condições de vida. Celebrado há décadas no Ocidente, as mulheres ainda continuam vítimas de violência, ganhando menores salários para mesmas funções que homens e, muitas vezes, ainda com jornadas duplas (trabalho e casa). A obra “A imagem da Mulher na Mídia”, de Rachel Moreno, recém-lançada pela Editora Publisher Brasil, aborda um outro aspecto: como as mulheres são tratadas nos meios de comunicação. “Temos presença abundante na mídia televisiva, com as mulheres sempre focadas de forma similar”, analisa Rachel Moreno. “Mas são sempre e tão somente jovens e belas. No vídeo e na mídia impressa abundamos como ‘musas’. Pouquíssimas vezes aparecemos como especialistas em qualquer assunto – embora, na vida, estejamos presentes em todas as profissões e nos destaquemos em muitas delas”, completa a autora. A publicação incita o debate e compara a legislação sobre a mídia em países que têm determinação sobre o tratamento da imagem da mulher. “Garantir às mulheres espaços que expressem sua presença e sua importância real na sociedade é o que a regulação e/ou autorregulação do mercado de mídia já realizam nos 12 países e na União Europeia pesquisados no livro”, afirma Venício A. De Lima, professor da Universidade de Brasília e especialista em comunicação, que assina o prefácio. “A imagem da mulher na mídia” é obra indispensável para entender o como construir políticas públicas que garantam uma comunicação de qualidade, sem reproduzir o machismo e visões estereotipadas da mulher. “O livro nos dá importantes subsídios para esse enfrentamento e inspiração para insistirmos na luta por mudanças nas leis que regem a comunicação no Brasil”, destaca Rosane Bertotti, que assina as orelhas do livro. “Esse será apenas o início do processo de conquista da verdadeira democracia e liberdade de expressão”, finaliza. |
Fonte: RevistaForum.com.br
|