A senadora Lídice da Mata, que concorreu ao governo da Bahia pelo PSB, disse neste domingo (5) que seu futuro político na Bahia será manter o projeto iniciado nesta eleição, de construir no Estado uma terceira via viável para quebrar a histórica polarização entre DEM e PT.
Em entrevista coletiva no comitê central de sua campanha, após a consolidação do resultado das urnas que apontou a vitória do petista Rui Costa, Lídice afirmou que manterá posição política de independência dos dois grupos políticos hoje majoritários no Estado. “Não tem porque eu ir para lugar nenhum. Eu tentei construir uma terceira via na Bahia. Não tem porque eu tomar uma decisão de apoiar o PT. Para que eu vou apoiar PT? Ele já elegeu seu governador”, disse, ao responder a uma pergunta sobre a possibilidade de haver uma repactuação com o PT, que saiu vencedor da eleição. Ainda sobre o futuro, Lídice evitou fazer análise sobre as expectativas quanto à gestão do governador eleito, salientando que ele teria ao menos 90 dias para começar a apresentar a identidade de seu governo. Somente então seria possível uma avaliação. Ela reclamou, porém, da pobre discussão política que marcou a campanha eleitoral, dominada por ataques e uso excessivo do poder econômico. “O fato de a vitória política eleitoral ser uma realidade do PT não quer dizer que esse seja o caminho melhor para o processo democrático de nosso país, muito menos de nosso Estado. A Bahia precisa de oxigenação política. O fato de nós decidirmos campanhas e mais campanhas do tempo de Antônio Carlos até os dias atuais sempre no primeiro turno é uma revelação, na minha opinião, do pouco debate político que ocorre em nosso Estado”, disse. Lídice disse que há uma tendência inercial à continuidade, que ela quer quebrar. “E, para quebrar isso, não quer dizer que eu tenha saído derrotada, quer dizer que fomos derrotados neste primeiro momento. Ninguém vence sem dar o primeiro passo. Demos o primeiro passo para tentar uma quebra de paradigma. Vamos prosseguir neste passo”, disse. Numa análise do resultado eleitoral, ela voltou a endossar a necessidade de uma reforma política e afirmou que lutará, no Senado, para que ela ocorra. “Aqui na Bahia, as candidaturas tinham fôlego para disputar entre si. As pesquisas de antes do início da campanha mostravam que havia competitividade. Se essas regras, quando entram em jogo, desequilibram, então estas regras estão erradas”, destacou. |
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Assessoria de Comunicação da Campanha Lídice 40
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