A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), alertou que o Senado precisa fazer um debate rigoroso sobre o projeto de terceirização para que a Casa aprove uma proposta que possa realmente beneficiar os trabalhadores brasileiros.
Ela disse que a situação dos terceirizados precisa ser regularizada porque hoje eles são tratados como trabalhadores de segunda categoria. Lídice da Mata advertiu, no entanto, que garantir os direitos desses trabalhadores não pode significar a redução dos direitos dos demais para igualar a todos numa situação inferior, precária. “Temos que assumir esse debate com muito rigor e estabelecendo o necessário processo de debate com a sociedade brasileira, com os representantes dos trabalhadores brasileiros, com os trabalhadores terceirizados e efetivos, para que possamos apresentar realmente um projeto que possa garantir direito aos trabalhadores que hoje têm seus direitos precarizados, que são os trabalhadores terceirizados do Brasil”, afirmou a socialista. Lídice da Mata também se solidarizou com a população de Salvador que, no início dessa semana viveu uma tragédia: as chuvas inundaram as ruas da cidade e causaram deslizamentos em alguns bairros que provocaram a morte de quase 20 pessoas. Caatinga A senadora Lídice da Mata afirmou também que já é passada a hora de o país envidar esforços para salvar a caatinga. Ela lembrou o Dia Nacional da Caatinga, comemorado nesta terça-feira, 28. Lídice contou que dados coletados pelo Ibama em 2009 revelaram que apenas 53,38% da caatinga permaneciam vivos, o restante havia sido destruído. Segundo a senadora, a caatinga ocupa 11% do território nacional, abrange quase todos os estados do nordeste e parte de Minas Gerais e é o único bioma exclusivamente brasileiro. Lídice da Mata disse ainda que, ao contrário do que muitos pensam, a caatinga abriga inúmeras espécies de animais e plantas. Só que toda essa riqueza natural, segundo a senadora, está cada vez mais ameaçada pelo modelo predatório de exploração, que inclui desmatamentos e queimadas desordenadas e comércio de lenha ilegal. “Abordo justamente a necessidade de nós adotarmos uma nova política para a defesa do bioma da caatinga no Brasil, cabendo ao governo o apoio financeiro a agricultores que comercializam lenha para fomentar o reflorestamento; o estímulo a pesquisa para descoberta de novas técnicas de plantio sustentáveis; o zoneamento de boas espécies para o replantio, a criação de linhas de crédito para pequenos agricultores associadas a programas de assistência técnica, além, é claro, do incremento de ações de educação ambiental na região”, concluiu. Afonso Morais |
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Fonte: Liderança do PSB
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