A Policia Civil do Rio de Janeiro continua investigando a motivação do assassinato do escritor Leuvis Manuel Olivero, 38 anos. O crime ocorreu no dia 10 de outubro, em uma rua do bairro Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Amigos do escritor e capoeirista Leuvis Manuel Olivero Ramos, assassinado na Tijuca, Zona Norte do Rio, fizeram um protesto no domingo (17) pela morte dele. O protesto do último domingo foi feito no lugar onde o crime ocorreu. Os amigos pediram empenho das autoridades na solução do caso.
O escritor nasceu na República Dominicana, mas era cidadão estadunidense e morava no Brasil há quase dez anos. Além de escritor, era capoeirista e deixa um filho e uma namorada, com quem morava no Rio de Janeiro.
Leuvis também tinha 11 livros publicados, um deles em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco entitulado ’Memória Viva’ e outro com uma crítica ao governo de Jair Bolsonaro, chamado ’Enquanto o ódio governava, a rua falava’.
De acordo com o relato de testemunhas, o homem andava pela rua, quando um carro se aproximou. Logo em seguida, os disparos começaram, de dentro do veículo, atingindo a cabeça e o abdômen da vítima.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou a ir até o local, mas o escritor estava morto quando os médicos chegaram. Os policiais ainda não sabem a motivação do assassinato.
Polícia prende miliciano que pode ter ordenado morte de Marielle
A Polícia Civil da Paraíba prendeu nesta quarta-feira (28) Almir Rogério Gomes da Silva, chefe da milícia da Gardênia Azul e do Morro do Tirol. A viúva do miliciano Adriano da Nóbrega, Julia Mello Lotufo, apontou o grupo miliciano como mandante da morte do assassinato da vereadora Marielle Franco, executada a tiros em março de 2018, junto com seu motorista Anderson Gomes.
Segundo informações dos jornalistas Guilherme Mendes e Edson Sardinha, do Congresso em Foco, a prisão foi realizada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Paraíba, a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Apesar de a delação de Lotufo vincular a milícia da Gardênia com o caso Marielle, a prisão está ligada a outro homicídio. Em 12 de outubro, Almir e outros três milicianos teriam assassinado uma pessoa por ter tido uma briga com a esposa durante uma festa na região da Gardênia.
Segundo o delegado Diego Beltrão, que coordenou a operação, parte do grupo já havia sido preso no Rio, mas o chefe da milícia tinha conseguido fugir
“Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, afirmou ao Congresso em Foco.
Sobre a morte de Marielle Franco
A vereadora Marielle Franco foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio, por volta das 21h30 do dia 14 de Março de 2018. Além da vereadora, o motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também morreu com os tiros. Uma outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços.
Fonte: Socialismo Criativo