A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, decidiu visitar os palestinos que viviam em Gaza e estão refugiados no Brasil.
Ela ficou várias horas na Vila Nossa Pátria, entidade vinculada a uma organização evangélica que recebe refugiados de diversas partes do mundo.
Janja conversou também com afegãos que estão no Brasil para recomeçar a vida.
Ao chegar, ela foi aplaudida pelos refugiados que estão abrigados no local.
A visita foi feita com discrição. A coluna teve a informação de que ela seria feita, mas o encontro não tinha sido confirmado oficialmente até o começo da tarde.
Só depois de finalizada é que a visita foi divulgada pela primeira-dama.
“Hoje, em Morungaba, visitei a Vila Minha Pátria, uma base que acolhe refugiados e faz um trabalho repleto de respeito, cuidado e afeto”, escreveu Janja em seu Instagram.
“O local conta hoje com 144 acolhidos, dos quais a maior parte são afegãos, além de 32 palestinos, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, e uma iraniana.”
Os palestinos de Gaza foram trazidos ao país depois que a guerra começou. Eles chegaram ao Brasil no dia 13 de novembro, e foram recepcionados por Lula e Janja. A saída foi permitida porque, embora vivessem no território, eles tinham dupla nacionalidade e eram também brasileiros.
A viagem deles foi uma saga: de todos os brasileiros que estavam na zona de conflito, em Israel, na Cisjordânia ou em Gaza, e tinham o direito de viajar ao país, eles foram os últimos a terem permissão para viajar.
O Brasil endossa a iniciativa da África do Sul em acionar a Corte Internacional de Justiça da ONU contra Israel. O país pede que seja apurada a suposta prática de genocídio pelo Estado judeu contra o povo palestino em Gaza.
A ação do país africano foi apresentada ao tribunal, mais conhecido como Corte de Haia, em dezembro de 2023.
O apoio do Brasil foi divulgado no dia 10 de janeiro, horas depois de o presidente Lula ter se reunido com o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Alzeben.
“À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados”, dizia a nota divulgada pelo governo brasileiro.
Fonte: Folha de São Paulo