IBGE aponta que desigualdade persiste mesmo com mulheres tendo, no geral, escolaridade maior. Eles também ocupam maioria das novas vagas de emprego geradas no estado.
Por: Millena Sartori
A renda média dos homens é 34,2% maior do que as mulheres no Paraná. A diferença de rendimentos entre elas e eles no estado é ainda maior do que a registrada nacionalmente, de 26%.
O levantamento foi feito pelo g1 com base na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua trimestral do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo é referente ao rendimento médio mensal das pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas no último trimestre de 2023.
Os dados revelam que o ano passado terminou com os homens recebendo uma média de R$ 3.364 mensais e as mulheres R$ 2.708 no Paraná. A diferença, de R$ 926, mostra que os trabalhadores ganham quase dois terços do salário mínimo nacional a mais que as trabalhadoras do estado.
A discrepância vem caindo nos últimos anos, mas persiste mesmo com elas tendo, no geral, escolaridade maior que eles:
“Em 2022, 35,5% dos homens com 25 anos ou mais não tinham instrução ou não tinham concluído o nível fundamental. Entre as mulheres da mesma faixa etária, essa proporção era de 32,7%. Os percentuais daqueles com nível superior completo, ainda nesse grupo de idade, eram de 16,8% entre os homens e de 21,3% entre as mulheres”, explica o IBGE sobre os dados nacionais.
Quando analisados os salários pagos por setor, a maior disparidade está na indústria. Detalhes a seguir.
Mesmo trabalho, salário diferente?
Lei de 1952 incluiu na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) a previsão de que: “Sendo idêntica a função, todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade”.
Em 2017 a legislação foi alterada e também passou a prever que não deve haver distinção de salário por etnia. Porém, a prática não segue a teoria.
A diferença de rendimentos tem diminuído nos últimos anos, mas a equiparação ainda está longe de ser alcançada.
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Fonte: G1