Uma pesquisa realizada nas 250 maiores empresas do Brasil aponta que um homem tem 20 vezes mais chances de alcançar o cargo de CEO do que uma mulher. Segundo o levantamento, 96% das companhias tinham homens no cargo executivo mais alto, enquanto apenas 4% eram mulheres. Os números, organizados em um estudo da Bain & Company, apontam que a diferença entre homens e mulheres aumenta de acordo com o crescimento dos salários. Entre universitários, elas representavam 58% e eles, 42%. Nos primeiros anos de carreira, a diferença cai um pouco, as mulheres são 56% e os homens, 44%. Quando se tornam executivos, as proporções se invertem: mulheres caem para 14% e homens saltam para 86%. Na chefia das empresas, o número aumenta: 96% para eles e 4% para elas. No cargo máximo, ocupado pelos conselheiros de uma companhia, as mulheres ocupam apenas 3% dos cargos, enquanto os homens são 97%. Motivos O resultado, mostra a consultoria, é que desigualdade é estimulada pela falta de valorização do tipo de liderança feminina e a ausência de políticas específicas para que os funcionários consigam equilibrar vida pessoal e profissional. A pesquisa ainda aponta que para 66% dos entrevistados, as mulheres abrem mão de parte da progressão na carreira para obter um estilo de vida mais balanceado. Outros 55% afirmaram que a carreira das mulheres avança mais lentamente (ou não avança) por conta da combinação de compromissos profissionais e familiares. A mesma porcentagem de profissionais disse que a dificuldade de ascensão na carreira é consequência de que as mulheres preferem dar prioridade à família em detrimento do trabalho. Para 46%, as mulheres são mais bem preparadas para cuidar da família do que os homens. O estudo ainda mostra que as empresas devem criar ambientes que adotam uma variedade de estilos e modelos de trabalho. “Sem isso, as organizações vão continuar a perder líderes do sexo feminino—atuais e potenciais—destruindo as sim a oportunidade de colher os frutos da diversidade em sua equipe de liderança”, aponta o relatório. Desse modo, a companhia sugere quatro iniciativas que podem estimular a paridade entre os gêneros: |
Fonte: Uol
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