Ministra do Planejamento e Orçamento diz que a gestão fará um pente-fino para identificar erros no pagamento de benefícios
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta terça-feira (22) que o governo federal vai passar um pente-fino nos benefícios previdenciários pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como pensões e aposentadorias, para identificar fraudes. Segundo ela, o Executivo pode ter uma economia de até R$ 20 bilhões com a medida.
Durante evento organizado pela pasta nesta manhã, Tebet comentou que houve um crescimento acima do esperado no número de beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) nos últimos anos, e que uma parcela desses benefícios pode estar sendo paga de forma indevida.
“O Tribunal de Contas da União falou que, de R$ 1 trilhão de benefícios, pode ter algo em torno de 10% de erros ou fraudes. Se ficarmos com 1% de R$ 1 trilhão, ou 2% de R$ 1 trilhão nessa lupa que temos e que iremos fazer em relação às fraudes e erros do INSS, são exatamente entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões que nós precisamos e temos que fazer para recompor o orçamento de todos os ministérios, que teriam, em um primeiro momento, uma perda orçamentária de 2023 para 2024”, disse a ministra.
Além disso, Tebet fez críticas aos gastos tributários no país, que segundo ela estão por volta de R$ 400 bilhões. “São duas vezes as despesas discricionárias. Toda vez que um ministério pede recurso, dizemos que não temos porque renunciamos duas vezes o que nós temos hoje de espaço fiscal para as nossas despesas discricionárias. Tem alguma coisa de muito errado”, opinou.