Competição reuniu estudantes de graduação e pós de diversos países que foram instigados a produzir vídeos sobre alguma aplicação da energia nuclear A ex-bolsista do programa Ciência Sem Fronteiras (Csf) e estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Alice Cunha da Silva foi a vencedora da Nuclear Olympiad, organizada pela World Nuclear University (WNU) e pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Sob o tema “Técnicas Nucleares para o Desenvolvimento Global”, a competição reuniu estudantes de graduação e pós-graduação de diversos países, que foram instigados a produzir vídeos de 60 segundos sobre alguma aplicação da energia nuclear que não fosse relativa à geração de eletricidade ou ao ciclo de produção do combustível nuclear. Alice, aluna do Curso de Engenharia Nuclear da UFRJ, produziu um vídeo intitulado “Nuclear Save Lives” (Nuclear Salva Vidas). Ela abordou a Medicina Nuclear e suas técnicas de diagnóstico e tratamento de doenças. A qualidade do vídeo e a grande quantidade de visualizações do conteúdo na internet fizeram a estudante brasileira chegar à etapa final da competição. Alice foi a única finalista brasileira e também dos países americanos. Confira o vídeo: “Todas as apresentações foram ótimas. Fomos julgados, os pontos foram contados e eu ganhei. Recebi o troféu das mãos do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Yukiya Amano”, relatou a estudante. Ela concorreu com quatro estudantes selecionados em duas etapas eliminatórias. Na primeira, os juízes avaliaram os vídeos enviados pelos participantes considerando a criatividade de cada um, a relevância e a adequação ao tema “Técnicas nucleares para o desenvolvimento global”. Os trabalhos selecionados para a segunda fase foram divulgados na internet para apreciação do público. Os cinco vídeos que receberam o maior número de avaliações positivas no YouTube seguiram na disputa. Alice, agora, faz planos para o futuro. Conta que pretende seguir carreira na área de produção de energia. “Nós temos em mãos uma das chaves para a produção de energia de base limpa, confiável, barata e, ao contrário do que muitos pensam, segura”, afirma. Ciência sem Fronteiras Pelo Programa Ciência sem Fronteiras, Alice estudou por um ano nos Estados Unidos (EUA). A estudante também já teve a oportunidade de apresentar seu trabalho em um congresso organizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA. (MIT, na sigla em inglês). No Brasil, Alice chegou a participar da fundação da Seção Estudantil de Engenharia Nuclear da UFRJ, a qual foi presidente. Em 2013, a estudante foi uma das coordenadoras da Semana de Engenharia Nuclear, evento que tem o patrocínio de algumas empresas – entre elas as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) –, com o propósito de estimular alunos de graduação no desenvolvimento de pesquisas e projetos na área. |
Fonte: Portal Brasil
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