Lula recriou o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável com 98 mulheres entre 246 membros, o que representa 40% da lista. Nomes conhecidos, como Bela Gil, Sueli Carneiro, Luiza Helena Trajano e Nath Finanças, dividem espaço com líderes de movimentos sociais, executivas de empresas de tecnologia e pensadoras brasileiras
Dos 246 membros da sociedade civil que integram o chamado “Conselhão” de Lula – apelido para o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável – apenas 98 são mulheres, isto é, 40% da lista. Entre elas estão nomes bem conhecidos, como Luiza Helena Trajano, Nath Finanças, Bela Gil, Lilia Schwarcz e Sueli Carneiro.
Apesar de mulheres serem menos da metade das nomeadas para aconselhar Lula, há nomes de peso no que diz respeito aos direitos das mulheres e à diversidade, com ativistas dos direitos das mulheres, da igualdade racial e da população LGBTQIA+.
O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável foi criado no primeiro governo Lula para auxiliar o chefe do Executivo na criação e na avaliação de políticas públicas, e seguiu funcionando até o governo Temer, antes de ser extinto por Jair Bolsonaro. Agora, foi recriado para o terceiro governo Lula, que nomeou os integrantes na última quinta-feira (4).
A porcentagem feminina do Conselhão também é bastante diversa no que diz respeito às áreas de atuação, unindo lideranças de movimentos sociais –como Aline Sousa, do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis, Ayala Ferreira, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, e Maria Judite da Silva Guajajara, do povo Tentehar Guajajara– e líderes de grandes empresas de tecnologia, como Cristina Junqueira, do Nubank, Nayana Sampaio, da Amazon, Silvia Penna, da Uber, e Tânia Cosentino, da Microsoft.
Também foram nomeadas a fundadora de uma plataforma de Cannabis medicinal Viviane Sedola, a fundadora do Slam da Guilhermina Cristina Assunção, e a criadora do maior evento de cultura negra da América Latina Adriana Barbosa. Juristas, economistas, médicas, musicistas, cientistas, ativistas e influenciadoras digitais também integram a lista.
Conheça algumas delas com trabalho de destaque no combate às desigualdades e, ao final da reportagem, confira a lista completa de mulheres que passam a integrar o Conselhão no terceiro governo Lula.
Adriana Barbosa
Quando criou a Feira Preta, em 2002, Adriana Barbosa não imaginava que duas décadas mais tarde o evento se tornaria o maior de cultura negra da América Latina. Com ele, recebeu diversos reconhecimentos, como o Prêmio Sim à Igualdade Racial pelo Instituto Identidades do Brasil, o título de inovadora social pelo Fórum Econômico Mundial, e espaço na lista MIPAD, reconhecida pela ONU, que reúne os negros com menos de 40 anos mais influentes do mundo, ao lado de Taís Araújo e Lázaro Ramos.
Atualmente, comanda também o PretaHub, conjunto de seis iniciativas voltadas para o empoderamento da população negra no mercado de trabalho fundado em 2019.
“Eu era só uma garota tentando sobreviver, porque eu vendia minhas coisas em feiras de rua. À medida que eu participava dessas feiras, eu via pessoas como eu tentando sobreviver naquela lógica do se vira. Hoje, eu vejo a Feira Preta como uma perspectiva intuitiva, ancestral, assim como a dos mercados africanos”, disse, em janeiro, durante entrevista à CNN Brasil.
Aline Sousa
Aline Sousa, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis, ficou conhecida em 1º de janeiro quando, durante a posse do presidente Lula, subiu a rampa ao lado de outros membros da sociedade civil e passou a faixa presidencial a ele, em um dos momentos mais marcantes da cerimônia.
Atualmente estudante de Direito, Aline é catadora desde os 14 anos, na mesma cooperativa em que trabalhavam sua mãe e sua avó. Diferente das ancestrais, no entanto, nunca parou de estudar e logo se envolveu em movimentos sociais: há dez anos, faz parte do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e é delegada na Aliança Internacional de Catadores, representando o Brasil. A central de cooperativas dirigida por Aline conta com 21 cooperativas e 2 mil catadores.
“As pessoas precisam parar de ver no catador só o lixo, e ver o catador como um elo e um herói que contribui para as futuras gerações”, disse, em entrevista ao UOL em janeiro.
Ilona Szabó
Especialista em segurança pública e política de drogas, Ilona Szabó tem um currículo extenso atuando especialmente contra a liberação irresponsável de armas de fogo no Brasil. É diretora-executiva do Instituto Igarapé, que fundou em 2011, e coordenou uma das maiores campanhas de coleta de armas da história, que resultou em mais de 500 mil armas de fogo retiradas de circulação do país entre 2003 e 2005.
Em 2019, chegou a ser nomeada pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro para integrar o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, órgão que, entre outras funções, propõe diretrizes de política criminal e faz inspeções em estabelecimentos penais. Mas foi desconvidada por ordem do então presidente Jair Bolsonaro, que se referiu a ela em um discurso como “abortista”, o que gerou uma onda de ataques contra ela e a fez deixar o Brasil.
Keila Simpson
Aos 68 anos, após uma longa trajetória de luta em defesa dos direitos da população LGBTQIA+, especialmente de pessoas trans, Keila Simpson se tornou doutora Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro –e mais: é a primeira e única travesti a receber o título em vida.
“Acho que é um reflexo positivo em toda população trans, especialmente para as travestis, de dizer que essa atuação nos movimentos, a construção de políticas públicas de buscar sempre o melhor para uma população cada vez mais vulnerabilizada é um caminho certo”, disse em dezembro, em entrevista a Marie Claire.
Keila é presidente da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) e uma ativista histórica do movimento LGBTQIA+ no Brasil. Em 2013, recebeu da então presidente Dilma Rousseff o Prêmio Nacional de Direitos Humanos.
Viviane Sedola
Em 2019, ano em que o Brasil permitiu a venda e o consumo de produtos medicinais à base de cannabis, a executiva Viviane Sedola fundou, ao lado da médica especialista neuro-oncologia Paula Dall’Stella, a Dr. Cannabis, uma plataforma digital que conecta pacientes a médicos e outros profissionais que produzem, prescrevem e revendem produtos à base de canabinoides, as substâncias terapêuticas presentes na planta da maconha –as mais conhecidas são o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) eficazes em tratar ou atenuar os efeitos de epilepsia, insônia, ansiedade e estresse pós-traumático.
Em menos de um ano funcionando, a Dr. Cannabis já havia conectado mais de 3 mil pacientes a mais de 300 profissionais. Atualmente, são mais de 3 mil médicos inscritos.
“Acreditamos no direito à saúde como fundamental. E a verdade é que, na falta de autorização, famílias recorrem à clandestinidade, em que não há controle sobre a fabricação do produto. Correm o risco de sofrer penalidades legais e implicações na saúde do paciente. É ultrajante! Ainda mais quando já existem provas sobre a eficácia do tratamento canábico”, disse Viviane em entrevista a Marie Claire, em 2020.
Ludhmila Hajjar
Em 2021, o nome da cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar foi cotado para substituir o interino Eduardo Pazuello na chefia do Ministério da Saúde –mas recusou o convite do então presidente Jair Bolsonaro.
Diferente dele, a médica defendia o isolamento social e a vacinação em massa como melhores estratégias para combater o coronavírus, que à época ainda preocupava o país com milhares de mortes todos os dias.
Ludhmila é professora da USP, tem sua própria clínica e atende também em um hospital particular, onde já foi responsável pelos cuidados do próprio Pazuello, quando teve covid-19, e também de outras personalidades políticas de peso, como o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e ex-ministros de Bolsonaro, como Fábio Faria e Tarcísio de Freitas.
Nath Finanças
Nathália Rodrigues de Oliveira ganhou o sobrenome artístico “Finanças” aos 21 anos, quando começou a usar as redes sociais para compartilhar dicas de educação financeira para pessoas de baixa renda. Seu trabalho fez com que a jovem carioca acumulasse, antes dos 24 anos, reconhecimento como talento Under 30 da Forbes e o comando de uma plataforma de educação financeira por assinatura, a Nath Play.
Nath começou a mergulhar no assunto quando trabalhava fazendo cartões de crédito para uma loja de departamentos e ajudava clientes com o nome sujo a não se endividarem, sugerindo que negociassem suas dívidas, por exemplo.
“Não aguentava ver gente do mundo das finanças, que nunca morou na periferia, dizer pra mim o que tenho que fazer com o meu dinheiro ou tratar desse assunto como uma questão de mérito, porque ninguém é pobre porque quer”, disse à Forbes.
Nina da Hora
Essa não é a primeira vez que a cientista da computação, pesquisadora e “hacker antirracista”, como se denomina, empresta sua expertise para a política brasileira nos últimos meses. Nina da Hora integrou o Conselho de Transparência das eleições 2022, depois o grupo de transição de governo e, agora, Conselhão. Ela também atua no conselho consultivo de segurança do TikTok no Brasil.
Aos 12, aprendeu a programar em um computador emprestado da tia, quatro anos antes de ter seu primeiro computador. Aos 26 anos, ela se dedica a pensar a inteligência artificial de forma crítica e a criar “tecnologias decoloniais”, que buscam “reviver matrizes de conhecimento não restritas às experiências europeias”, como explicou em entrevista ao Geledés.
Hoje, trabalha especialmente para aumentar a presença de mulheres e pessoas negras no universo da tecnologia, capacitando grupos minoritários
Nina Silva
Ao perceber que, embora sejam maioria entre os empreendedores brasileiros e representem cada vez mais poder de consumo, pessoas negras têm mais dificuldade em conseguir empréstimos e investimentos para suas empresas.
Por isso, Nina Silva, executiva de TI, criou o Movimento Black Money e o D’Black Bank, iniciativas que estimulam o desenvolvimento de empreendedores negros.
Em 2019, Nina foi eleita uma das pessoas afrodescendentes com menos de 40 anos mais influentes do mundo. Depois, em Portugal, recebeu o título de Mulher Mais Disruptiva do Mundo. “Precisamos ter outras ‘Ninas’ além de mim. O futuro precisa ser diverso e, a partir da tecnologia e da nossa realização, será possível para muitas pessoas”, disse, em entrevista à Istoé Dinheiro, em 2021.
Sueli Carneiro
Sueli Carneiro é filósofa, escritora e uma ativista histórica do movimento negro brasileiro, tendo sido uma voz potente na defesa de cotas para jovens negros nas universidades e, décadas antes disso, na inclusão de pessoas pardas como negras no censo do IBGE.
Na década de 1980, fundou o Geledés — Instituto da Mulher Negra, que dirige até hoje. Mais tarde, criou o Programa da Mulher Negra do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e o programa SOS Racismo, que consolidou o racismo como grave violação aos direitos humanos. No ano passado, recebeu o título de doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília.
“Nunca tivemos um ativismo tão vibrante e tão capaz de vocalização como neste momento, sobretudo das mulheres negras. Esse conjunto diverso de gente negra em movimento é algo novo que me faz ter esperança na resistência”, disse, em entrevista à Cult, em 2017.
Saiba quem são as 98 mulheres que integram o Conselhão
- Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta, maior evento de cultura negra da América Latina, e do PretaHub, conjunto de iniciativas voltadas para o empoderamento da população negra no mercado de trabalho
- Adriana Marcolino, socióloga e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
- Alcielle dos Santos, presidente da cooperativa de Professores Cipó Educação, que capacita gestores e professores para uma educação sustentável e solidária
- Alcione Albanesi, presidente da ONG Amigos do Bem, que desenvolve projetos educacionais, de geração de trabalho e renda, água, saúde e moradia no sertão do Nordeste
- Alessandra França, diretora do Banco Pérola, uma associação de crédito feito sob medida para micro e pequenos empreendedores
- Alexandra Segantin, CEO do Grupo Mulheres Brasil e membro do Núcleo de Promoção de Direitos Humanos da OAB-SP
- Aline Sousa, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis; na posse, em 1º de janeiro, foi uma das representantes da sociedade civil que subiu a rampa ao lado de Lula e entregou a ele a faixa presidencial
- Ana Carolina Lima Costa, membro da coordenação da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia
- Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora
- Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho
- Ana Karina Bortoni Dias, ex-diretora-presidente do banco BMG
- Ana Paula Vescovi, economista e ex-secretária do Tesouro Nacional
- Antonia Cleide Alves, presidente da União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região e educadora popular
- Ayala Ferreira, membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
- Bela Gil, culinarista, apresentadora e ativista
- Benilda Brito, CEO da Múcua, consultoria de diversidade e inclusão
- Braulina Aurora, liderança indígena do povo Baniwa, que vive na Amazônia, pesquisadora e membro da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade
- Bruna Brelaz, presidente da União Nacional dos Estudantes; primeira mulher negra a ocupar o posto
- Camila Moradia, ativista do Morro do Alemão pelo direito à habitação popular
- Carla Crippa, criadora do projeto Água AMA, da Ambev, que direciona lucros para projetos que levam água potável a quem não tem
- Chieko Aoki, fundadora e presidente da rede Blue Tree Hotels
- Claudia Costin, administradora, economista e ex-diretora para Educação no Banco Mundial
- Claudine Bayma, diretora-geral do Kwai no Brasil
- Cristiana Menezes Santos, advogada, professora da Universidade Federal da Bahia e ex-superintendente do Procon-BA
- Cristina Assunção, membro fundadora do Coletivo Slam da Guilhermina, que promove a leitura e a poesia falada na periferia de São Paulo
- Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank
- Cristina Pinho, membro do conselho do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa e da plataforma investidores.vc
- Débora Guerra, CEO na Trivento Educação e vice-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior
- Deh Bastos, diretora de criação na Publicis Brasil e criadora do “Criando Crianças Pretas”
- Dirlene Silva, economista e professora referência em educação financeira
- Dora Cavalcanti, advogada criminalista, fundadora do Innocence Project Brasil, versão brasileira de uma organização internacional de combate à condenação de pessoas inocentes
- Duda Falcão, CEO e fundadora da Eleva Educação
- Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica
- Elisa Wandelli, vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia
- Esther Bemerguy, economista, ex-secretária do Conselhão e integrante do grupo de Desenvolvimento Regional da transição de governo
- Eunice Cabral, presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo
- Fernanda Burle, advogada e fundadora do Instituto SHE, uma plataforma global, sustentável e humanitária para o empoderamento contínuo de mulheres que formam a primeira geração de juízas no Afeganistão
- Glória Caputo, musicista e ex-superintendente da Fundação Carlos Gomes
- Graça Costa, presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
- Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências
- Heloisa Soares, coordenadora-executiva da Frente de Luta pela Moradia
- Ilona Szabó, especialista em segurança pública e política de drogas e diretora-executiva do Instituto Igarapé
- Ingrid Barth, presidente da Associação Brasileira de Startups
- Ivone Maria da Silva, presidente do Sindicato dos bancários do Estado de São Paulo
- Janete Vaz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Sabin
- Jeanine Pires, diretora da CVC Corp
- Jeovani Salomão, presidente do Conselho do AYO Group e da Memora Processos Inovadores
- Juliana Marra, executiva da Unilever
- Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil
- Keila Simpson, presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais e doutora Honoris Causa pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro
- Laura Carvalho, economista, escritora e professora da Faculdade de Economia e Administração da USP
- Leila Pereira, presidente do Palmeiras
- Lígia Moreiras, doutora em saúde coletiva e criadora do projeto “Cientista que virou mãe”, uma plataforma colaborativa de informações para mulheres pesquisadoras
- Lilia Schwarcz, historiadora, escritora e professora da Universidade de São Paulo
- Luana Genot, fundadora do Instituto Identidades do Brasil, que promove a aceleração da promoção da igualdade racial
- Ludhmila Hajjar, médica cardiologista e intensivista e membro da transição de governo; em 2021, ficou conhecida por recusar um convite de Bolsonaro para chefiar o Ministério da Saúde
- Luiza Helena Trajano, empresária da rede varejista Magazine Luiza e líder do grupo Mulheres do Brasil
- Márcia Caldas Fernandes, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo
- Margareth Matiko Uemura, urbanista e coordenadora do Instituto Polis, que atua na defesa do direito à cidade
- Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras nas Indústrias de Instrumentos Musicais e Brinquedos do Estado de São Paulo
- Maria Cleide Queiroz, membro do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT
- Maria da Glória Guimarães dos Santos, presidente do Ayo Group
- Maria Elisa Baptista, presidente do Instituto dos Advogados do Brasil
- Maria Judite da Silva Ballerio Guajajara, advogada e liderança indígena do povo Tentehar Guajajara, no Maranhão
- Maria Paula Dallari Bucci, professora da Faculdade de Direito da USP e líder do Grupo de Pesquisa Estado, Direito e Políticas Públicas
- Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável
- Marlova Jovchelovitch Noleto, diretora da Unesco no Brasil
- Martinha Clarete Dutra dos Santos, mestre em educação e ex-diretora de Educação Especial do Ministério da Educação
- Maysa Benevides Gadelha, vice-presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários
- Mônica Veloso, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco
- Nalu Faria, coordenadora da Sempreviva Organização Feminista, que atua no campo de formação educativa
- Nath Finanças, criadora de conteúdos focados em educação financeira para pessoas de baixa renda
- Nayana Sampaio, diretora de Políticas Públicas da Amazon Web Services Brasil
- Neca Setúbal, socióloga, banqueira e acionista do Itaú-Unibanco
- Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
- Nina da Hora, cientista da computação, pesquisadora e influenciadora; foi membro de transição do governo Lula
- Nina Silva, fundadora e CEO do Movimento Black Money & D’Black Bank
- Patricia Audi, diretora-executiva do movimento RenovaBR
- Patricia Villela Marino, presidente do Instituto Humanitas360, que trabalha para reabilitar pessoas presas
- Patriciana Maria de Queirós Rodrigues, presidente do conselho da rede de farmácias Pague Menos
- Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação
- Priscila Pamela C. Santos, advogada criminalista e presidente da Comissão Política Criminal e Penitenciária da OAB-SP
- Renata Piazzon, diretora-executiva do Instituto Arapyaú e co-facilitadora da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura
- Rosana Onocko Campos, médica, psicanalista e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva
- Rosangela Hilário, professora da Universidade Federal de Rondônia e ativista pela igualdade racial
- Rosângela Lyra, fundadora do movimento Política Viva, que promove debates sobre política brasileira
- Roseli de Deus Lopes, pesquisadora de tecnologias aplicadas à educação e professora da Universidade de São Paulo
- Rosilane Jardim Vicente dos Santos, empresária e diretora criativa da rede de lojas KaramelloRio
- Rosilda Prates, presidente da P&D Brasil
- Silvia Penna, diretora-geral da Uber no Brasil
- Sueli Carneiro, filósofa, escritora e ativista histórica do movimento negro brasileiro
- Tania Bacelar, economista e especialista em desenvolvimento regional
- Tânia Cosentino, presidente da Microsoft no Brasil
- Teresa Vendramini, socióloga, pecuarista e ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira
- Vera Lúcia, advogada, ativista e ex-secretária de Igualdade Racial do DF; foi candidata à presidência da República no último pleito, pelo PSTU
- Vercilene Dias, assessora jurídica da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos
- Viviane Sedola, CEO e fundadora da plataforma Dr. Cannabis, que conecta médicos e pacientes que buscam tratamento à base da substância
- Zélia Amador de Deus, professora universitária, militante dos direitos da população negra, atriz e diretora de teatro