Deputada baiana apoiou a abertura do processo contra Eduardo Bolsonaro, Nikolas Ferreira e Carla Zambelli
A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) comentou nesta terça-feira (30) a abertura de processo no Conselho de Ética contra os colegas Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP). De acordo com ela, as investigações são necessárias, para controlar o clima de agressividade observado no Congresso Nacional.
“Acho indispensável que isso seja feito. A Casa reivindica que isso seja feito, porque está se criando aqui na Câmara dos Deputados um clima de muita agressividade entre os deputados. Essa não é a atitude regimental. Além de não ser a atitude ética e de bom senso de uma casa que trata de interesses diversos e, portanto, tem que aprender a negociar — e negociar se faz com respeito —, é também do ponto de vista regimental inaceitável”, criticou a baiana.
Lídice também fez observações quanto às articulações da Medida Provisória (MP) nº 1154, que trata sobre a reestruturação dos ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A parlamentar criticou a iniciativa do Congresso Nacional de interferir na estrutura de gestão federal, mas garantiu que a bancada governista será orientada pela aprovação do relatório do deputado federal Isnaldo Bulhões (MDB-AL), por contenção de danos.
“O governo vai recomendar o voto sim ao relatório do deputado Isnaldo, mesmo com os prejuízos. Não era isso que o governo queria. Nunca esta Casa, que eu me lembre, modificou uma proposta administrativa de um governo. Se respeita a posição de um governo que foi eleito nas urnas”, criticou Lídice.
“No programa de governo do presidente Lula, existia a reorganização do Ministério do Meio Ambiente e a criação do Ministério dos Povos Indígenas. Então, o esvaziamento dessas pastas não são da nossa concordância. No entanto, foi o que nós tivemos condições de negociar. Nós vamos aprovar e depois ver de que maneira vai se recompondo isso. O próprio presidente Lula vai discutir junto com as ministras de que maneira compensar essas perdas”, concluiu a deputada.
O texto da MP retira atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e também dos Povos Originários, comandados por Marina Silva (Rede) e Sonia Guajajara (PSOL), respectivamente.