A Delegacia Especializada no Atendimento às Mulheres/Deam é um dos órgãos aos quais as mulheres podem recorrer em casos de agressões. No entanto, a lentidão dos inquéritos policiais vem retardando o andamento dos processos, prejudicando milhares de mulheres. Em reunião na manhã desta quarta-feira (22), o assunto foi discutido pela Comissão dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa.
Entre outras coisas, ficou definida realização de visitas às delegacias especializadas para obter informação sobre os trabalhos realizados pela polícia. Na próxima segunda feira (27), a comissão fará uma visita à Delegacia de Atendimento à Mulher do Engenho Velho de Brotas. Presidente da Comissão, a deputada Fabíola Mansur afirmou que já havia recebido inúmeras queixas em relação ao atendimento prestado nessas instituições. “Na semana passada recebi aqui na comissão uma denúncia acerca do atendimento prestado às mulheres que chegam para registrar ocorrências. Vamos verificar isso de perto e tentar que seja feito um trabalho de sensibilização com estes profissionais que recepcionam as mulheres agredidas, reforçando essa rede de proteção à mulher e agindo para que ela funcione de forma adequada”, disse Fabíola. A presidente do Conselho Municipal da Mulher, Madalena Noronha – convidada a tratar do assunto na comissão –, afirmou que outro grave problema fragiliza as mulheres que são agredidas: o não-funcionamento das delegacias nos finais de semana. “Por falta de plantonistas, as Delegacias de Atendimento à Mulher ficam fechadas nos finais de semana, período nos quais é maior o número de violências”, disse Madalena, que sugeriu que as representantes da Comissão agendem visitas também às presas femininas. Ficou definido ainda que nesta quinta (23) os membros da comissão irão até o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo para solicitar prioridade na tramitação de projetos que digam respeito à mulher. |
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Fonte: fabiolamansur.com.br
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