A diferença de rendimentos recebidos por homens e mulheres é maior em cargos de direção e gerenciais, indica pesquisa divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2012, elas ganharam, em média, 73% do salário recebido pelos homens. Avaliando apenas cargos de direção e gerenciais, no entanto, esse percentual cai para 69%. Nos setores de construção, educação, saúde e serviços sociais e transporte, armazenagem e comunicação, esses percentuais são ainda menores: 37%, 60% e 64%, respectivamente. Já a menor diferença está no setor de alojamento e alimentação, onde os rendimentos das mulheres equivalem a 82% dos masculinos. Segundo o IBGE, a maior concentração de mulheres em cargos de chefia no ano passado estava no setor de comércio e reparação, com 601 mil – o equivalente a 36,5% do total de mulheres de 25 anos ou mais de idade em cargos de direção e gerenciais (1,7 milhão de mulheres). Jornada de trabalho “Esses resultados indicam uma redistribuição por parte das mulheres acerca do seu tempo, embora os afazeres domésticos sejam uma atividade predominantemente feminina e elas tenham um excedente de mais de 4 horas na jornada total comparativamente aos homens na soma de ambas as formas de trabalho”, diz o estudo. Segundo o levantamento, a jornada de trabalho total das mulheres em 2012 era de 56,9 horas semanais, enquanto a dos homens era de 52,1 horas. Formalização A menor variação ocorreu na região Norte, cuja taxa de formalização ficou em 38,6% da população ocupada em 2012, percentual abaixo da média nacional, e pouco acima dos 33,9% registrados dez anos antes. Houve expansão da formalização também na região Nordeste, cuja taxa passou de 26,7% para 38,6%, uma variação de quase 45%. “Apesar de expressivo crescimento na formalização, esta região manteve um padrão semelhante à Região Norte, com menos de 40% de seus trabalhadores em trabalhos formais”, diz o estudo do IBGE. O levantamento ressalta que, entre as Unidades da Federação, o Maranhão registrou a maior proporção de trabalhadores em trabalhos informais, 74,5%. |
Fonte: G1
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