A histórica desigualdade brasileira caiu pouco em uma década. O levantamento do IBGE dos últimos dez anos do mercado de trabalho mostrou que desigualdade de renda entre negros e brancos ficou menor, mas os negros ainda ganham somente 53,1% do salário dos brancos. Há dez anos, o salário correspondia a 48,4%. Entre as mulheres, o avanço a passos lentos se repete, mas numa situação melhor. Em 2012, o salário feminino representava 72,7% do rendimento masculino. Em 2003, essa relação era de 70,8%. A taxa de desocupação das mulheres (6,8%) também era superior à taxa de desemprego dos homens (4,4%) no fim do ano passado. O desemprego é ainda pior para mulheres negras ou pardas, ficando em 8,1% em 2012. Essa situação com a mulher avançando no mercado de trabalho. O nível de ocupação feminina (parcela de ocupadas em relação à população em idade ativa) passou de 45,3% em 2011 para 46% em 2012, enquanto para os homens esse indicador ficou praticamente inalterado: de 63,4% para 63,7%. A desigualdade também aparece entre as regiões metropolitanas. Em São Paulo, por exemplo, 53,1% dos trabalhadores têm carteira de trabalho assinada, percentual que é de 50,5% em Porto Alegre, mas de apenas 44,4% em Recife e de 44,1% no Rio. Para Cimar Azeredo, do IBGE, as desigualdades continuam altas pois são causadas por questões culturais e sociais, não apenas econômicas. — Apesar de mais estudo que os homens, na média, a taxa de desemprego da mulher é superior. |
Fonte: O Globo
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