Durante a visita das representantes do Equador e do México, a SNM realizou entrevistas com Dora Pires, e as latino-americanas a fim de apresentar o olhar e a percepção dessas mulheres acerca do momento político e social que enfrentamos na região da América Latina.
Hoje, vamos saber um pouco sobre a necessidade da articulação entre as mulheres latino-americanas, com a palavra da deputada do Partido Socialista do Equador e vice-presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Silvia Salgado.
A deputada Silvia Salgado, em visita a Secretaria Nacional de Mulheres, em Brasília.
Para você, qual a importância da união das mulheres socialistas na américa-latina?
Os problemas das mulheres na América Latina e no mundo não têm nacionalidade. São os mesmos. É nossa condição de mulheres que, lastimosamente, temos que enfrentar os mesmos problemas. E quais problemas? Problemas de discriminação pelo fato de ser mulher. Problemas de violência pelo fato de ser mulher. Problemas de exclusão do trabalho, diferenciado dos homens, por exemplo em acesso, reconhecimento e econômico. Problemas de violência política.
Quando nós, mulheres, participamos dos processos eleitorais ou em cargos de direção ou cargos de tomadas de decisão. Problemas das mulheres frente ao acesso à educação e à saúde. E entender a saúde da mulher, em particular, frente aos seus direitos reprodutivos.
A secretária nacional de mulheres do PSB, juntamente com a assessora de relações internacionais do PSB, Yara Gouvêa, apresentam os vídeos de formação política elaborados pela SNM à Silvia Salgado, do Equador, e Rogélia Luis, do México.
Então, temos muitas razões pelas quais nós, mulheres, temos que fortalecer a união. E na América Latina esses problemas têm sua especificidade, por isso, temos a obrigação frente a história. Precisamente há problemas em nossos países quando, quem os governa não tem uma política em favor do direito das mulheres, como é o caso de nossos países e especificamente no caso do Brasil. Exemplo disso é quando seu presidente Bolsonaro anuncia que os direitos das mulheres com ele “não vão” (sic), ou serão extinguidos ou fará todo o possível para acabar com eles. Isso nos preocupa.
Também as coincidências com outros presidentes de outros países que põem em perigos os direitos das mulheres. Governos com essas mensagens, que não escutamos há anos, a não ser nos tempos do fascismo, no tempo das ditaduras. Essas são as razões para a unidade das mulheres na América Latina.
Assessoria de Comunicação da SNM
