Pesquisa do DataSenado de março de 2013 estima que mais de 13,5 milhões de mulheres (19% da população feminina do país com 16 anos ou mais) já sofreram algum tipo de agressão. Dessas, 31% ainda convivem com o agressor. E entre as que convivem com o agressor, 14% ainda sofrem algum tipo de violência, ou seja, cerca de 700 mil brasileiras continuam sendo alvo de agressões.
De 84 países, o Brasil é o sétimo onde mais se matam mulheres. Está em pior posição que seus vizinhos na América do Sul (à exceção da Colômbia), que os países europeus (à exceção da Rússia), que todos os países africanos e árabes. O DataSenado também revelou que aproximadamente uma em cada cinco brasileiras reconhece já ter sido vítima de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Os números mais elevados foram registrados entre as que possuem menor nível de escolaridade, as que recebem até dois salários mínimos e as que têm de 40 a 49 anos. O tipo de violência mais frequente é a física, segundo 62% das vítimas. Desde 2009, tem sido esse o tipo mais citado. Em seguida, vêm a violência moral e a psicológica, relatadas por 39% e 38% das vítimas, em 2013. A violência sexual passou a ser citada por 12% das vítimas em 2013. Em 2011, eram 4%. Entre as mulheres que já sofreram violência, 65% foram agredidas pelo próprio parceiro de relacionamento (marido, companheiro ou namorado). Ex-parceiros foram apontados como agressores por 13% das vítimas. Parentes consanguíneos e cunhados aparecem em 11% das respostas. Os principais motivos para a agressão continuam sendo ciúme (28% dos casos) e o uso do álcool (25%). |
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Fonte: Jornal do Senado
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