Segundo o levantamento, 49% da população se identifica com a esquerda, enquanto 34% está mais próximo a ideias da direita
Dados do último levantamento do instituto Datafolha divulgado nesta quinta-feira (9) pelo jornal “Folha de S. Paulo” apontam que o pensamento de esquerda tem mais força entre mulheres, jovens de 16 a 24 anos, pessoas quem tem renda familiar de até cinco salários mínimos e pretos.
A direita, por outro lado, avança entre homens, faixa etária acima de 60 anos, pessoas com renda acima de dez salários e brancos.
O Datafolha chegou a esses dados por meio de uma avaliação socioeconômica sobre o perfil ideológico dos brasileiros. O instituto classificou os entrevistados por meio de uma série de perguntas sobre temas como drogas, homossexualidade, impostos e armas.
Segundo o levantamento, 49% da população se identifica com a esquerda, enquanto 34% está mais próximo a ideias da direita. No levantamento anterior, em 2017, 41% se identificavam com a esquerda e 40% com a direita.
Quando analisada a divisão por gênero, 55% das mulheres estão mais próximas da esquerda, ante 42% dos homens. A direita, por sua vez, norteia a visão de 27% das mulheres e de 41% dos homens.
No recorte etário, a esquerda atinge seu pico entre aqueles com 16 a 24 anos: 67%. A adesão às ideias diminui conforme aumenta a idade, enquanto o posicionamento à direita cresce.
Em relação à renda, a esquerda é mais forte nas classes mais baixas e mais fraca nas classes mais altas. A direita faz o movimento inverso.
A pesquisa Datafolha foi feita de modo presencial com 2.556 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Economia e comportamento
O Datafolha também analisou os entrevistados com base somente nas perguntas que fez sobre economia ou sobre costumes. Os dados do instituto apontam que posições de esquerda são mais preponderantes em economia (50% da amostra total) do que em comportamento (42%).
Na área econômica, 54% das mulheres foram classificadas como esquerda, enquanto na área de valores o índice caiu para 46%. Os índices dos jovens de 16 a 24 anos, por sua vez, são 62% e 55%, respectivamente.
Fonte: G1