Apoiador de Boulos na capital paulista, presidente disse que apoiaria Tabata num eventual segundo turno
Os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann, e do PSB, Carlos Siqueira, se mostraram a favor de um pacto de não agressão em São Paulo. A ideia é que os adversários de centro-esquerda, Guilherme Boulos (PSol) e Tabata Amaral (PSB), dirijam os ataques apenas a Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição.
Dessa forma, já se desenha uma aliança dos dois candidatos em um eventual segundo turno com a presença de um deles. Ontem (30/01), em entrevista a rádio CBN de Recife, Lula (PT) disse que apoiaria Tabata se ela estiver no segundo turno contra Nunes.
“Se a Tabata for candidata e o Boulos for candidato, quem for melhor e for ao segundo turno, eu estarei apoiando. Se os dois forem ao segundo turno, aí sim, terei divergência, mas o que precisamos é derrotar o bolsonarismo no estado de São Paulo”, disse o presidente.
Lula também negou que tenha oferecido um ministério para a deputada em troca de sua desistência na disputa pela capital paulista. “Jamais iria tentar corrompê-la com cargo para não ser candidata a prefeita”, afirmou o petista.
O pacto de não agressão vem na esteira da ferida ainda aberta da eleição presidencial de 2014, quando o PT minou a candidatura de Marina Silva, que vinha bem nas pesquisas. O ataque foi tão duro que a atual ministra do Meio Ambiente chegou a romper com Lula e só voltar a falar com o petista em 2022.
Tabata e Boulos devem disputar o mesmo eleitorado. Com o deputado um pouco mais à esquerda e a deputada mais ao centro, os dois terão potenciais vices que ajudarão a romper as barreiras de seus próprios nomes. Tabata deve ter o apresentador José Luiz Datena como companheiro de chapa, enquanto Boulos terá a quase-petista Marta Suplicy.
Fonte: Metrópoles