O primeiro debate regional sobre a Autorreforma e as mulheres socialistas foi realizado na sexta-feira, 14 de maio, em live transmitida na fanpage e no canal no YouTube da Secretaria Nacional de Mulheres do PSB.
A atividade contou com a participação da secretária nacional de mulheres, Dora Pires, das secretárias estaduais que integram a região do Centro-Oeste Geralda Resende, do Distrito Federal; Francileide Passos, do Mato Grosso; Lilian Fernandes, do Mato Grosso do Sul; e Lucilene Kalunga, de Goiás; da assessora da Fundação João Mangabeira, Márcia Rollemberg; e da professora e assessora de assuntos internacionais do PSB, Yara Gouvêa.
Dora Pires fez a abertura oficial da atividade agradecendo a participação das presentes e destacando a necessidade de haver debates como o que foi proposto. A secretária nacional de mulheres do destacou que as socialistas precisam compreender o caráter inovador e estratégico do debate político partidário da Autorreforma para estarem “à altura” dos desafios que a atual crise política colocou a sociedade brasileira. “Revisitar o manifesto e o programa do PSB é fazer uma introjeção crítica saudável, é um ato de grandeza, de audácia e de muita ousadia”, disse.
Em seguida, passou a palavra para Geralda Resende, que informou sobre os trabalhos desenvolvidos, com foco na Autorreforma, no Distrito Federal; em seguida Francileide, Lilian e Lucinele partilharam informes acerca do andamento de articulações e conversas sobre a pauta da Autorreforma nos respectivos estados. A companheira de Goiás, quilombola da região dos Kalunga, é recém-chegada à Secretaria Nacional, por isso está se familiarizando com as pautas.
Após as participações das secretárias estaduais foi a vez da professora Yara saudar as presentes e a audiência. Logo no começo da explanação, cobrou a paridade de gênero entre os integrantes da Comissão de Sistematização da Autorreforma; atualmente a Comissão é apenas formada por homens.
Em seguida, a professora afirmou ser fundamental que todas as mulheres participem dos debates da Autorreforma promovidos pela SNM, de modo que, a união entre as mulheres seja força-motriz para que possam, juntas, construir propostas sólidas e que exerçam a essência da palavra sororidade: “sem esta palavra nós não vamos conseguir levar ao PSB as nossas teses”. Yara também destacou ser crucial que as propostas que surjam agreguem valor e representem os valores feministas e socialistas.
“Não podemos nos perder nas diversidades de teses, afinal são mais de 500, sendo que pouquíssimas que tratam da questão de gênero, mas teremos que, sim, que dar o nosso pitaco em cada uma das 500 teses, porque abordar todos os assuntos a partir de um ângulo apenas, sem ter a complementação de outro, no caso o feminista não é fazer uma autorreforma que inclua a questao de genero efetivamente”, finalizou.
Por fim, Márcia Rollemberg destacou a importância de que todas as mulheres ampliem o olhar de fato e para não ficar somente presas às teses de gênero “até porque o que queremos ver representado na autorreforma é o mundo que nós desejamos construir”, afirmou.
A assessora da FJM destacou a necessidade de haver atenção à questão semântica das teses apresentadas na autorreforma: “sugiro que uma das primeiras coisas a serem feitas é fazer varredura no material e acrescentar gênero feminino em tudo. Afinal, é na palavra que as coisas se perpetuam”.
Em seguida, foi iniciada a leitura das teses.
Calendário das reuniões regionais:
14 de maio: Reunião regional 1 | Centro-Oeste – já realizada
24 de maio: Reunião regional 2 | Nordeste
28 de maio: Reunião regional 3 | Norte
11 de junho: Reunião regional 4 | Sudeste
18 de junho: Reunião regional 5 | Sul